Cem anos de rádio no Brasil: de olho no futuro, rádios de Laguna investem na tecnologia

Quando a TV chegou, se falava que seria o fim do rádio, já que a nova tecnologia tinha a imagem atrelada ao som como diferencial. O mais tradicional, porém, resistiu e continua se adaptando às novas descobertas. Em Laguna, o cenário não é diferente.
Foto: Luís Claudio Abreu/Agora Laguna

Na quarta-feira, 7, fará cem anos da primeira transmissão radiofônica no Brasil e onze dias depois, a televisão brasileira comemorará 72 anos da inauguração da primeira estação. Quando a TV chegou, se falava que seria o fim do rádio, já que a nova tecnologia tinha a imagem atrelada ao som como diferencial. O mais tradicional, porém, resistiu e continua se adaptando às novas descobertas. Em Laguna, o cenário não é diferente.

A Difusora, que no passado inovou com o primeiro gravador, a propaganda gravada, o microfone sem fio, e tantas outras inovações, busca sempre se manter à frente na evolução tecnológica. Por um curto espaço de tempo, manteve em 2001, o site Difulag, antecessor pré-embrionário do que viria a ser seu portal lançado em 2009, com recordes de acessos.

A Garibaldi, por sua vez, antecipou a febre das lives, que fizeram, de certa forma, o rádio virar televisão. Ao fazer 50 anos, em 2009, a emissora além de colocar um site no ar, implantou a câmera no estúdio, com transmissão em tempo real. “As pessoas lá de fora nos viam. Na época, o Bocão [fotógrafo] estava no Canadá e nos assistia, aí eu chamava parentes dele para irem no programa do Vânio [Santos] para se comunicarem com ele”, relata Rose Coelho, ex-gerente da emissora.

Hoje, a pioneira e a Rádio Hits transmitem sua programação jornalística na internet. A Mix já realizou algumas transmissões esporádicas. “O futuro do rádio é brilhante. Todas as pesquisas, mostram um futuro espetacular. O rádio evolui e mostrou nesses cem anos que não para no tempo”, analisa o radiodifusor Silvano Silva, presidente da Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert). A internet também tem presença maciça na programação, por ser atualmente a principal porta de entrada para a comunicação do ouvinte com a emissora.

Na Europa, já se estuda um rádio digital que substitua as transmissões em frequência. Em Laguna, um exemplo disso são as rádios web, com transmissão apenas na internet. Paulo Sérgio Silva mantém a Rádio Jornal O Correio. A Igreja Assembleia de Deus criou a Rádio Farol. O ex-operador da Garibaldi, Gabriel Honorato, montou há quase 15 anos a Rádio Laguna Web. “O rádio não morre, pois tem uma coisa que as pessoas gostam: o imediatismo”, pontua Silva.


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