O vereador Gustavo Cypriano conquistou na Justiça Eleitoral autorização para que possa mudar de partido sem perder o mandato na Câmara de Laguna. O edil foi eleito em 2020 pelo Partido Social Liberal (PSL), mas no final do ano passado, a legenda se fundiu ao Democratas (DEM) e deu lugar ao União Brasil. Cypriano continua filiado à nova legenda, mas se desejar sair não sofrerá punição partidária.
A decisão judicial foi expedida no último dia 8 – Agora Laguna obteve acesso ao documento nesta quarta-feira, 15. Segundo o vereador, o momento agora será de analisar o cenário político para decidir se deixará ou não a atual legenda. “Fico autorizado a sair, mas não confirmo a minha saída do União Brasil”, resume Cypriano.
O edil já foi visto em reuniões do MDB e diz ter recebido convites extraoficiais para se filiar em partidos, mas não revela quais. “Vou escutar novamente a base, analisar e decidir qual projeto [partidário] escolher e vamos analisar ao longo do mês”, conclui. Ele pode optar por três caminhos: ficar no União, sair e não se filiar a um novo partido, ou ingressar em outra sigla.
A desfiliação de vereador durante o mandato é proibida por lei e pode causar a perda da cadeira legislativa, por infidelidade partidária. Apenas no período conhecido como janela partidária, antes da eleição municipal, é que os edis podem migrar de legenda. Porém, no caso de fusão ou criação de novos partidos, é possível fazer a troca ou requer desfiliação judicial.
Nádia Tasso Lima ficará no União
Cypriano havia pedido a desfiliação em fevereiro de 2022, junto com a vereadora Nádia Tasso Lima, eleita pelo DEM. Porém, apenas ele levou o processo adiante. Nádia optou por ficar na legenda. “No primeiro momento, o entendimento era que teríamos de nos desfiliar e depois optar por um dos partidos e depois entendeu-se que quem fosse do DEM ou PSL passaria direto [para o União], tanto que já recebi o certificado de regularização e estou no partido”, comentou em entrevista recente à Rádio Difusora de Laguna.
O novo partido conta, ainda, com os edis Eduardo Carneiro e Luiz Otávio Pereira, o Tavinho. Kleber Roberto Lopes Rosa, o Kek, foi o primeiro a deixar a legenda de forma oficial e está atualmente sem partido.
