Moradores acreditam que água deve baixar até a próxima semana

Pedidos de maquinários foram feitos à prefeitura, que mantém no local uma intendência para atuar como elo de comunicação. A ideia é que com as forças mecânicas, seja possível abrir valas para agilizar o escoamento da água. Agora Laguna esteve na comunidade neste sábado.

Desde as primeiras horas de sol, assim que o tempo chuvoso se afastou, a rotina dos cerca de 60 moradores da comunidade da Madre tem sido uma: jogar fora o que se perdeu e limpar o que sobrou. Neste sábado, 7, nas poucas casas em que água já baixou, algumas pessoas já contabilizavam prejuízos. Enquanto quem ainda espera o nível diminuir, ajuda da forma que pode os vizinhos.

A cheia do rio Sambaqui trouxe medo e preocupação. Com a água entrando nas casas, uma operação de urgência foi montada. As pessoas começaram a se ajudar para sair do local, trabalho que foi concluído pelo Corpo de Bombeiros. Os 30 residentes tiveram abrigo oferecido pela prefeitura, mas preferiram ir para a casa de conhecidos e familiares. Teve também quem não quisesse sair.

A comunidade fica no Distrito de Ribeirão Pequeno, no interior de Laguna. A maior parte dos moradores vive da pecuária. Ali está localizado o Campo da Eira, que é usado pela Cooperativa Santo Antônio dos Anjos (Coopersanto). Cerca de 2 mil cabeças de gado são agrupadas no local. Agora Laguna esteve na comunidade neste sábado.

“Hoje são poucos, mas os danos e perda de animais serão bem maiores, devido à falta de pastos para a alimentação”, avalia João Batista Marques, o Tita, diretor-presidente da cooperativa. Os primeiros cálculos confirmam a morte de pelo menos seis cabeças de gado.

A comunidade tem boa parte de sua população formada por idosos, alguns até arriscam dizer que a cheia desse início de maio, foi pior que a de 1974 em nível de água. Nos últimos dias, a tarefa de Leonardo de Bem tem sido atravessar a estrada alagada e tentar ajudar de alguma forma.

“Muitos móveis, como cama, roupeiro, se perderam. Desmancharam”, relata. A comunidade começou a receber doações voluntárias de cesta básica e também do poder público municipal. “Acredito que a partir de segunda-feira baixe mais”, diz Leonardo.

Pedidos de maquinários foram feitos à prefeitura, que mantém no local uma intendência para atuar como elo de comunicação. A ideia é que com as forças mecânicas, seja possível abrir valas para agilizar o escoamento da água.

Campanha de doação

Na tentativa de ajudar as famílias a reconstruírem o que foi perdido e se manterem durante esses dias de cálculo dos prejuízos causados pela cheia, a Associação Cultural, Social e Terapêutica da Região da Amurel (Acustra) lançou uma campanha solidária. A ação social tem apoio da prefeitura municipal, Laguna Moto Clube e Rádio Difusora, que serão ponto de arrecadação.

As doações podem ser feitas via Pix pela chave CNPJ da Acustra: 08.801.937/0001-78 ou pela conta corrente 219189-X, agência 0345, do Banco do Brasil.

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