Competição traz para Laguna feras do futebol para deficientes visuais

Além dos lagunenses, virão equipes de golbol de Porto Alegre (RS), Florianópolis e Blumenau.
Divulgação/Adevlasc

Laguna sediará neste sábado, 12, uma competição de golbol (goalball, em inglês), que é o futebol para deficientes visuais, prática inclusiva que vem ganhando espaço e adeptos na cidade juliana.

O evento tem organização da Associação de Deficientes Visuais de Laguna Santa Catarina (Adevlasc), que responde por uma das equipes participantes do torneio, e apoio do Departamento Municipal de Esportes. O time feminino lagunense é atual campeão sul-regional e vê as disputas desde final de semana como uma preparação para a competição de Londrina (PR), que dará vaga no nacional.

“Vamos jogar em casa. Queremos a torcida da cidade, o apoio de todos. Vá ao ginásio, torça por nós, pois assim continuaremos a buscar atletas”, comenta o técnico e presidente da Adevlasc, Juvande Roque.

Além dos lagunenses, participarão equipes de golbol de Porto Alegre (RS), Florianópolis e Blumenau. “A vinda dessas equipes mostra o alto nível da competição”, resume o professor Ronaldo Bonifácio, assessor especial de Esportes, da prefeitura. As partidas ocorrerão no ginásio de Cabeçuda, entre 8h e 19h, e o ingresso solidário é de um quilo de alimento não perecível. Medidas sanitárias de prevenção à Covid-19 serão seguidas.

Silêncio durante os jogos

O golbol surgiu no final da década de 1940 como tratamento para os soldados da 2ª Guerra Mundial (1939-145) que perderam suas visões nas batalhas do conflito. Desde as Paralímpiadas de 1980, o esporte está presente e atualmente o Brasil possui medalha de ouro na modalidade.

Se disputa em quadras de 9 metros de largura por 18 metros de comprimento. O jogo é composto por dois tempos de doze minutos cada. As equipes têm três jogadores titulares e três reservas. Todos exercem as funções de ataque e defesa simultaneamente.

A bola usada no jogo possui um guizo no interior que emite sons. Os atletas usam vendas nos olhos para não beneficiar quem tenha percepções luminosas. Por esse motivo, o público não pode fazer barulho durante os jogos.