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Fiocruz apresenta estudo sobre influência da vacina na proteção de quem já teve Covid

Artigo diz que as duas doses das vacinas AstraZeneca/Oxford, Pfizer e Coronavac e a dose única da Janssen auxiliaram na redução de reinfecções sintomáticas e casos graves em quem já havia sido contaminado.
Foto: Luís Claudio Abreu/Agora Laguna

Um estudo publicado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quarta-feira, 29, diz que as vacinas contra o novo coronavírus usadas no Brasil aumentam a proteção contra o vírus em quem já teve a doença. O estudo foi lançado na plataforma virtual Medrxiv, em formato preprint, ou seja, ainda requer uma análise de outros cientistas antes de chegar à versão final.

Foram avaliados 22.565 indivíduos acima dos 18 anos que tiveram dois testes de RT-PCR positivos e 68 mil que tiveram teste positivo e depois negativo, entre fevereiro e novembro deste ano. O artigo diz que as duas doses das vacinas AstraZeneca/Oxford, Pfizer e Coronavac e a dose única da Janssen auxiliaram na redução de reinfecções sintomáticas e casos graves em quem já havia sido contaminado. Acesse o estudo aqui.

O estudo indica que as vacinas de duas doses ampliam o nível de proteção contra reinfecções nos indivíduos estudados. Os dados analisados pelos pesquisadores apontaram que após a infecção inicial, a efetividade contra doença sintomática 14 dias após o esquema vacinal completo é de 37,5% para a CoronaVac, 53,4% para AstraZeneca, 35,8% para Janssen e 63,7% para Pfizer. Já a efetividade contra hospitalização e morte, também após 14 dias da aplicação, é 82,2% com a CoronaVac, 90,8% com a AstraZeneca, 87,7% com a Pfizer e 59,2% com a Janssen.

“A importância de ser vacinado é a mensagem principal, e a necessidade dessas duas doses para maximizar a proteção. Vemos que alguns países chegam a recomendar apenas uma dose para quem teve covid-19, por considerar que estes já contam com um certo nível de anticorpos neutralizantes. Mas esse tipo de avaliação de efetividade na vida real mostra que há um ganho adicional com a segunda dose. É um ganho substancial contra as formas graves”, disse o pesquisador Julio Croda, da Fiocruz-MS, em relato à Agência Fiocruz de Notícias.

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