Boto morto em Laguna era fêmea e tinha marcas de mordida por tubarão, dizem especialistas

Como não há como afirmar se se trata de um animal pertencente à fauna dos Molhes da Barra, isto é, um boto-pescador (T. truncatus gephyreus), foram coletadas amostras de pele, músculo e gordura para análise genética.
Foto: Elvis Palma/Agora Laguna

O boto encontrado sem vida na manhã de sábado, 25, no Mar Grosso, era uma fêmea e possuía marcas de mordida de tubarão. As conclusões são da equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), coordenado pela Udesc, em Laguna.

O animal tinha 1,77 metro e 55 quilos. “Apresentava lesões pelo corpo sugestivas de mordida de tubarão, sendo estas post mortem [expressão para pós-morte]”, descreve a médica-veterinária Gabriela Cristini. O animal estava em estado de autólise, o que impede a determinação de uma causa da morte.

Como não há como afirmar se se trata de um animal pertencente à fauna dos Molhes da Barra, isto é, um boto-pescador (T. truncatus gephyreus), foram coletadas amostras de pele, músculo e gordura para análise genética.

Sobre o PMP-BS

O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural no polo pré-sal da Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, através do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.

Caso encontre algum animal marinho vivo ou morto, entre em contato com o projeto pelo telefone 0800 642 3341.

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