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Amanda foi morta com dois tiros, divulga polícia

A princípio, o motivo teria sido porque ela descobriu que um dos suspeitos era envolvido com drogas e possuía uma arma de fogo. O fato de Amanda ter espalhado essa informação, o teria causado irritação.
Foto: Manu Veiga/ND

A jovem paranaense Amanda Albach, 21 anos, encontrada sem vida, na manhã desta sexta-feira, 3, foi morta com pelo menos dois disparos de arma de fogo e forçada a cavar o buraco, onde seu corpo foi jogado. A jovem  havia desaparecido entre os dias 14 e 15 de novembro. Os detalhes de como ocorreu sua execução foram divulgados, nesta tarde, em coletiva de imprensa da Polícia Civil de Laguna.

O corpo estava enterrado em dunas na praia de Itapirubá – inicialmente, a informação divulgada oficialmente era que a vítima tinha sido localizada na praia do Sol, que fica na mesma região –, no limite entre os municípios de Imbituba e Laguna.

A jovem era de Fazenda Rio Grande, cidade da região metropolitana de Curitiba (PR), e trabalhava há cerca de dois meses em Santa Catarina, como promotora de vendas em municípios do litoral Norte. Na véspera do feriado, ela comunicou à família que iria para uma festa em Imbituba e depois retornaria. A comemoração era do aniversário de uma conhecida, que também era da cidade paranaense, mas morava há algum tempo em Itapirubá.

“Foi montada uma força-tarefa, com Imbituba e Laguna, para tentar entender com quem ela se encontrava, onde teria ido, o que teria feito, enfim, toda a nuance que envolve o desaparecimento”, detalha o delegado Bruno Fernandes, da Divisão de Investigação Criminal (DIC), de Laguna. Foi confirmado que ela foi à uma festa em Florianópolis e depois retornado para Itapirubá.

Amanda chegou a gravar um áudio para a família dizendo que estava retornando em um carro de aplicativo, mas a investigação descobriu que ela foi coagida a fazer a mensagem. O tom de voz e ruídos sonoros levantaram dúvidas na família, que acionou a polícia, a partir do momento em que ela não deu mais notícias.

A princípio, o motivo para a morte teria sido porque ela descobriu que um dos suspeitos era envolvido com drogas e possuía uma arma de fogo. O fato de Amanda ter espalhado essa informação, o teria causado irritação. As investigações vão prosseguir para confirmar se essa foi, realmente, a razão da execução. “Ele achou que poderia colocar em xeque sua integridade, porque também seria traficante de drogas”, conta Fernandes.

O caso caminhou para o seu desfecho a partir da prisão, na quinta-feira, 2, de três suspeitos (dois homens e uma mulher). Eles estavam em Canoas (RS). Um dos presos assumiu a autoria e indicou o local em que o corpo se encontrava. A prisão preventiva dele será requisitada pela DIC. O trio está detido em Laguna.

O corpo de Amanda será liberado no sábado, 4, pelo Instituto Médico Legal (IML) e será levado até o estado do Paraná.

Divulgação/PCSC

*Em atualização.