Ministério da Saúde recua e recomenda vacinação para adolescentes com e sem comorbidades

“Os benefícios da vacinação são maiores que os eventuais riscos de eventos adversos”, disse o secretário-executivo do ministério, Rodrigo Cruz. A vacinação de adolescentes é realizada apenas com o imunizante fabricado pela Pfizer/BioNTech, única com aprovação da Anvisa para essa faixa etária.
Foto: Júlio Cavalheiro/Arquivo/Secom

A vacinação de adolescentes entre 12 e 17 anos, com ou sem comorbidade, voltou a ser recomendada pelo Ministério da Saúde. Em coletiva de imprensa, na noite de quarta-feira, 22, uma semana após ter emitido recomendação para a suspensão da imunização nesse público, a pasta anunciou o recuo.

A suspensão foi anunciada em virtude de uma investigação epidemiológica realizada por um comitê formado pelo ministério e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que analisou o caso de uma morte de uma jovem de 16 anos, de São Bernardo do Campo (SP). Havia a suspeita que o óbito tivesse relação com a vacina, mas a hipótese foi descartada.

“Os benefícios da vacinação são maiores que os eventuais riscos de eventos adversos”, disse o secretário-executivo do ministério, Rodrigo Cruz. A vacinação de adolescentes é realizada apenas com o imunizante fabricado pela Pfizer/BioNTech, única com aprovação da Anvisa para essa faixa etária.

Segundo o ministério,  apenas em 0,7% de todas as doses aplicadas em adolescentes no Brasil, foram utilizados imunizantes sem autorização da agência – casos que serão analisados pela pasta. “Hoje, o ministério não suspende mais de forma cautelar a imunização em adolescentes sem comorbidades. Essa vacinação tem a aprovação da Anvisa e está liberada pelo ministério. Mostrou-se que, de fato, os benefícios para imunizar esse grupo são maiores que os eventuais riscos de eventos adversos na imunização desses adolescentes”, reforçou.

Ainda na coletiva, Cruz destacou que a recomendação da pasta é que seja priorizada a imunização de adolescentes considerados mais vulneráveis, incluindo jovens de 12 a 17 anos com deficiência permanente, com algum tipo de comorbidade e jovens privados de liberdade.

Notícias relacionadas