Indígenas recebem orientação sobre assistência social

Nesta quinta-feira, 16, eles receberam orientações de equipes do Conselho Tutelar e Centro de Referência em Assistência Social (Cras) sobre os auxílios que podem receber através da rede socioassistencial da prefeitura. A visita dos assistentes sociais e conselheiras aconteceu após tomarem conhecimento de que algumas destas pessoas estavam pedindo dinheiro na cidade.
Foto: André Luiz/Agora Laguna

Um grupo de sete famílias, oriundas de uma aldeia indígena na localidade de Morro dos Cavalos, se instalou em um terreno às margens da SC-A-101-F, rodovia que dá acesso à Laguna. Levam uma vida como se fossem nômades, mas não são, pois possuem casa naquele território.

Chegaram ao município há pouco mais de uma semana e, apesar de poderem ficar mais 21 dias onde estão, garantem que deixarão o lugar até a próxima semana para voltar à comunidade de origem.

“Nosso carrinho estourou o motor”, explica Ivonete Fernandes, 58, uma das líderes do grupo sobre o motivo de ainda estarem na cidade. Questionada sobre quantos estão nesse ‘acampamento’, ela diz que não há quantitativo. “Na nossa origem a gente não conta, porque o último que sobra na contagem morre”, justifica.

Nesta quinta-feira, 16, eles receberam orientações de equipes do Conselho Tutelar e Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) sobre os auxílios que podem receber através da rede socioassistencial da prefeitura. A visita dos assistentes sociais e conselheiras aconteceu após tomarem conhecimento de que algumas destas pessoas estavam pedindo dinheiro na cidade.

“Fizemos uma abordagem de orientação, apresentamos os trabalhos da assistência social, como Cras e Creas”, resume a conselheira tutelar Adriana de Amorim. De acordo com ela, o objetivo principal foi evitar a exposição de menores de idade, algo comum para atrair atenção. “Também para que as crianças tenham seus direitos garantidos, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, que é o nosso foco”, reforça. A Guarda Municipal acompanhou a ação.

Ivonete confirma ter solicitado para que as mulheres do grupo fizessem esses pedidos. “Pedi para as mulheres irem, mas não sabia que não podia. E agora não vamos mais fazer isso, não vou deixar. Temos tudo aqui”, afirma a indígena. Adriana diz que a orientou a buscar atendimento no Cras mais próximo, neste caso o do bairro Portinho, para que lá possa receber cesta básica, por exemplo, até que deixem o município. Uma equipe do órgão irá monitorar a situação deles.

“A gente sai da aldeia para vender na cidade. Tem vezes que a gente nem volta mais no lugar. Aqui em Laguna, não viremos mais. É assim”, pontua a líder do grupo.

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