Com receio de desabastecimento, postos de Laguna têm fila neste início de noite

Cena repete o que foi visto em maio de 2018, quando caminhoneiros cruzaram os braços em um protesto nacional contra a alta do diesel no país.
Foto: Camille Palma/Agora Laguna

Depois de um bloqueio ter sido registrado na BR-101, entre Tubarão e Jaguaruna, e após uma distribuidora ter tido seu acesso bloqueado na região Norte do estado, motoristas de Laguna começaram a correr para os postos da cidade com receio de que haja desabastecimento de combustíveis. A cena repete o que foi visto em maio de 2018, quando caminhoneiros cruzaram os braços em um protesto nacional contra a alta do diesel no país.

Filas foram registradas em estabelecimentos como Leão Beach, no Mar Grosso; Binha, na entrada da cidade; e Cabeçuda (antigo Lagoa), às margens da BR-101. Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina (Sindipetro-SC), a base de distribuição de Guaramirim, no Norte, teve caminhões entrando e abastecendo, mas os veículos foram impedidos de deixarem o local para transportar o combustível.

Outro temor que aflige os condutores de veículos é a possibilidade de que, com a escassez do produto, o preço dos combustíveis se eleve. Cenas semelhantes foram denunciadas em Joinville, maior cidade do estado e uma das que mais deve ser afetada com o bloqueio na distribuição.

Filas também são registradas no Posto Lagoa, em Cabeçuda.

Justiça proíbe bloqueios

Duas liminares da Justiça Federal (JF) de Santa Catarina determinaram a proibição de bloqueios em trechos de rodovias federais do estado. As decisões são das Varas Federais de Jaraguá do Sul e de Tubarão, mas não se aplicam à todas as cidades.

Em Jaraguá do Sul, a medida foi requerida por uma distribuidora alimentícia para que a BR-116 não fosse fechada. Em Tubarão, uma transportadora conseguiu que o juiz determinasse a proibição para bloqueios entre Paulo Lopes e a divisa com o Rio Grande do Sul. A União fica obrigada a dispor de meios para impedir os bloqueios, e, no caso da BR-101, a Polícia Rodoviária Federal pode usar as “medidas necessárias a garantir o atendimento desta determinação”.

O descumprimento gera multa diária que varia de R$ 10 a R$ 15 mil e sanções por crime de desobediência e/ou resistência.

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