Até o mês de novembro, na região da Área de Proteção da Ambiental (APA) da Baleia-Franca, um grupo de estagiários do Instituto Australis estará monitorando a presença da espécie no litoral. A metodologia pode ser considerada uma extensão dos estudos de longo prazo já realizados pela entidade, para analisar a abundância, o padrão de distribuição, a sazonalidade e o comportamento das baleias-franca.
Quinze estagiários de diversas localidades brasileiras, selecionados por meio de edital, vão poder complementar sua formação em Biologia ou Oceanografia com as práticas em campo. Eles estão na região desde julho e passaram por treinamento teórico antes disso. “Durante o treinamento os estagiários recebem aulas teóricas sobre as baleias-franca, a metodologia de pesquisa e as atividades a serem realizadas durante o Programa de Estágio, bem como o funcionamento da instituição. Na segunda etapa do treinamento são realizadas aulas práticas com saídas a campo para aplicar a metodologia de pesquisa que irão utilizar durante o monitoramento das baleias nos pontos de observação”, explica a analista ambiental Carolina Bezamat.
O monitoramento integra o Projeto Franca Austral (ProFranca), mantido pelo instituto com suporte financeiro da Petrobras. São 15 pontos monitorados, de Laguna à Palhoça:
- Praia Grande e Prainha, Cardoso e Cigana (Farol de Santa Marta), Mar Grosso, Praia do Gi, Praia do Sol e Itapirubá Sul (Laguna)
- Itapirubá Norte, Praia da Vila, Porto, Praia d’água, Ribanceira, Ibiraquera, Luz e Rosa (Imbituba)
- Garopaba, Siriú e Gamboa (Garopaba)
- Guarda do Embaú, Pinheira de Cima e Pinheira de Baixo (Palhoça)
Todos os avistamentos são compartilhados nos Stories das redes sociais do ProFranca e também de forma mais detalhada no mapa do site: baleiafranca.org.br na aba “Onde tem baleia?”.
Os estagiários também vão ajudar na sede do projeto. “Irão auxiliar na recepção do público em nosso Centro de Visitantes, que foi revitalizado e foi reaberto à visitação nesta semana, seguindo todas as orientações e cuidados com relação à pandemia”, detalha Daiana Bezerra, coordenadora do Núcleo de Educação Ambiental.
