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‘Cabe a nós brasileiros cumprir seu último desejo’, defende escritor sobre repatriação de restos mortais de Anita

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

A ideia de repatriar os restos mortais de Anita Garibaldi foi resgatada pelo ex-prefeito e diretor do Instituto CulturAnita, Adilcio Cadorin. A defesa da iniciativa ocorreu na manhã desta segunda-feira, 30, em discurso na sessão solene que homenageou a heroína dos dois mundos, pela passagem do bicentenário de seu nascimento.

A mesma intenção já foi realizada, sem sucesso, nas décadas de 1970, 1980 e 1990, e foi um dos fatores que motivaram a ação judicial que culminou na expedição de certidão de nascimento tardio de Anita Garibaldi, em 10 de maio de 1999.

Cadorin lembrou das cartas preservadas pelo Museu do Resssurgimento, em Roma (Itália), onde a catarinense expressava que sentia saudades de sua terra natal, mesmo diante de tudo o que vivera.

Sepultada sete vezes, seus restos mortais foram colocados, em 1932, em um monumento na Colina do Gianicolo, em Roma. “Cabe a nós, brasileiros, a missão de cumprir seu desejo e sua vontade de retornar, para que ela possa, enfim, descansar eternamente em seu solo natal e com as glórias de uma verdadeira heroína”, discursou.

“Que parta desta casa a iniciativa de fazer o seu repatriamento, como forma de demonstramos nossos sentimentos cívicos, resgatarmos a autoestima nacional e quitarmos o débito que temos para com a memória desta que é a nossa maior heroína nacional, a precursora do movimento republicano”, sustentou.

A última vez que ocorreu uma tentativa de transladar os restos mortais foi em 1998. A ideia foi uma das inspirações da estátua de Anita Garibaldi, no Centro Histórico, inaugurada em 1964, onde há um espaço reservado para esse fim.