Pouco mais de uma semana após ter recebido aval do Ministério da Saúde (MS) para vacinar adolescentes com 12 anos e menores de 18, o governo de Santa Catarina anunciou o início das conversas para planejar essa campanha vacinal. A orientação federal é que esse público seja imunizado após a conclusão da população adulta cujos critérios permitam a vacinação.
Um comitê para fazer essas análises foi montado no estado. A meta principal é analisar estudos científicos e epidemiológicos para definir qual seria a melhor estratégia de vacinação para este público. A previsão é que uma recomendação feita pelo colegiado seja apresentada na próxima reunião da câmara técnica da Vigilância em Saúde estadual, em 10 de agosto, para que o Estado e as cidades possam pactuar a metodologia de imunização.
“O comitê, formado por especialistas em infectologia e imunização, irá se apoiar em documentos técnicos e análise do perfil epidemiológico de casos e óbitos por Covid, na população abaixo de 18 anos, para nos indicar qual a melhor estratégia a ser seguida. Serão consideradas evidências que apontem maior grau de vulnerabilidade de adolescentes portadores de doenças crônicas e deficiência permanente, além do planejamento da vacinação por faixa etária”, explica o superintendente de Vigilância em Saúde catarinense, Eduardo Macário.
Em entrevista à Rádio Difusora de Laguna, a secretária de Saúde de Laguna, Gabrielle Siqueira, disse que a prefeitura vai acatar todas as deliberações. “Vamos seguir o que a deliberação do Estado indicar. Será por faixa etária ou por fase, e o município está preparado [para isso]”, afirmou. Dados do IBGE, de 2020, apontam que Santa Catarina tem uma estimativa populacional de 549.894 pessoas com faixa etária entre 12 e 17 anos.
Só a Pfizer, por enquanto.
Atualmente, das quatro vacinas em uso no estado, apenas a Tozinameran, desenvolvida pelos laboratórios Pfizer e BioNTech, tem autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser aplicada na faixa etária de 12 a 18 anos. Os estudos realizados no exterior embasaram essa permissão de uso. Recentemente, o Instituto Butatan, de São Paulo, anunciou a intenção de buscar autorização para que a Coronavac (desenvolvida em conjunto com o laboratório Sinovac), possa ser aplicada na faixa de 3 a 18 anos, conforme testes realizados internacionalmente.