Um novo protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), convocado por movimentos sociais e oposicionistas ao governo, ocorreu na manhã deste sábado, 3, no Centro Histórico. O ato pacífico pediu o impeachment do chefe do Executivo federal e a defesa da vacinação.

A manifestação teve passeata pelo Centro e distribuição de máscaras PFF2, considerada a mais eficiente na proteção ao novo coronavírus. As críticas à gestão de Bolsonaro diante da pandemia dominaram o teor dos discursos. O protesto faz parte do movimento nacional denominado “3J” e acontece dias após a protocolação do “superpedido” de impeachment – documento que reúne parlamentares de esquerda, centro e direita, e organizações que transitam por todo o campo político, como Movimento Brasil Livre (MBL) e a Associação de Juristas Pela Democracia (AJPD).

“Esse governo corrupto dificultou a vinda de vacinas. Defendemos a vida, queremos vacina no braço e comida no prato”, disse Nivaldo Rodrigues, presidente do Sindicato dos Comerciários de Laguna e do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores. Entre as entidades que convocaram o protesto estão: Frente Antirracista, Partido Comunista Brasileiro (célula sul-catarinense) e a Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil.

Cálculos da organização do protesto apontam que cerca de 40 pessoas participaram do protesto, que durou aproximadamente duas horas, com concentração nas docas do Mercado Público. “É um crime a população não estar 100% vacinada, quando sabemos que teríamos condição de fazer isso e ser exemplo para o mundo. O governo genocida não está nem aí para o trabalhador”, sustentou a organizadora Luiza Tonon. A Polícia Militar (PM) acompanhou o ato.

Esse é o segundo protesto contra Bolsonaro realizado na cidade desde o início do ano – a anterior foi em 19 de junho. Ações semelhantes ocorrem em outras cidades de Santa Catarina, como Tubarão, Florianópolis, Joinville e Blumenau.