Udesc disponibiliza refrigerador para que Laguna receba vacinas da Pfizer/BioNTech

O imunizante da Pfizer requer uma temperatura de 70 graus negativos e o ultrafreezer da Udesc permite refrigerar até 80 graus abaixo de zero, ou seja, possibilitando o armazenamento das doses da vacina. Atualmente, no Sul, apenas Tubarão, Criciúma e Araranguá têm recebido lotes com doses desta vacina.
Foto ilustrativa

Primeira vacina a ter registro definitivo no Brasil, a Tozinameran, desenvolvida em conjunto pelos laboratórios Pfizer e BioNTech, será incorporada à oferta vacinal de Laguna em breve. Isso será possível por meio de uma parceria entre o Centro de Ensino da Região Sul (Ceres), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e a prefeitura municipal.

O imunizante da Pfizer requer uma temperatura de 70 graus negativos e o ultrafreezer da Udesc permite refrigerar até 80 graus abaixo de zero, ou seja, possibilitando o armazenamento das doses da vacina. Em fevereiro deste ano, porém, a agência de vigilância sanitária dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês), reviu os dados técnicos e deu aval para que as doses possam ser guardadas, por até duas semanas, em uma temperatura entre -25°C e -15°C.

Segundo a secretária municipal de Saúde, Gabrielle Siqueira, o governo estadual já foi informado sobre a disponibilidade de refrigerador que permite o armazenamento ideal para as doses. “Já temos profissional capacitada pela Pfizer e estamos aptos a receber. Já sinalizamos ao Estado que temos a parceria com a Udesc para o freezer e que estamos aptos, e o que nos informaram do Estado é de que não nesta, mas na próxima remessa o município consegue receber a vacina da Pfizer”, disse a gestora.

A universidade dispõe desse equipamento nos laboratórios utilizados na unidade para suporte a parte dos cursos de graduação (Engenharia de Pesca e Ciência Biológicas – Opções Biodiversidade e Biologia Marina) e para pesquisas.

Mais cedo, o governo catarinense anunciou que receberá lote com 21.060 doses do imunizante Tozinameran. As doses serão encaminhadas para os municípios de Florianópolis, São José, Palhoça, Biguaçu, Balneário Camboriú, Itajaí, Blumenau, Brusque, Joinville, Jaraguá do Sul, Tubarão, Criciúma e Araranguá, onde já condições técnicas para recebimento das remessas.

Como funciona a vacina da Pfizer

A vacina usa a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA). Desta forma, o material genético sintético carrega o código genético do vírus SARS-CoV-2 e provoca o organismo a gerar anticorpos contra o vírus. Assim, o mRNA “orienta” o corpo humano a produzir a produção de proteínas encontradas na superfície do vírus. Essas proteínas levam à resposta do sistema imunológico e trazem a proteção para o indivíduo.

Atualmente, imunizantes produzidos à base de mRNA são considerados um novo tipo de imunizante, considerado de 3ª geração, que visa proteger as pessoas de doenças infecciosas. Assim como os demais imunizantes em uso no Brasil, este também requer aplicação dupla para garantir a proteção contra o novo coronavírus.

A vacina Pfizer/BioNTech apresentou taxa de eficácia de 91,3% com a segunda dose. Os testes de fase três foram realizados com cerca de 44 mil participantes, em 150 centros de pesquisa, no Brasil, e em países como Estados Unidos, Alemanha, Turquia, África do Sul e Argentina.