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Porto de Laguna deve passar por estudos para possível privatização

Decisão atende a uma sugestão proposta pela prefeitura municipal em virtude do anúncio da extinção da SCPar, autarquia estadual que administra o porto.
Foto: André Luiz/Agora Laguna

Durante a visita realizada na manhã desta quinta-feira, 22, às instalações do Porto de Laguna, a governadora em exercício Daniela Reinehr (sem partido) anunciou que encaminhará até a próxima terça-feira, 27, um ofício autorizando a realização de estudos para inclusão da estrutura portuária no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). A decisão atende a uma sugestão proposta pela prefeitura municipal em virtude do anúncio da extinção da SCPar, autarquia estadual que administra o porto.

“Temos até terça-feira para lançar [projetos] no Plano Nacional de Logística e Santa Catarina precisa fazer parte desse plano. Temos feito uma força tarefa junto com a Secretaria de Infraestrutura; os deputados e os prefeitos têm trazido várias demandas. O que vimos em Laguna, só corrobora o potencial produtivo que a gente tem e o prefeito fala que o porto é um importante motor do desenvolvimento e ele precisa ser devolvido [aos dias de movimentação] […] É um potencial imenso que a gente precisa viabilizar”, disse Daniela. Com o ofício, o governo federal poderá executar estudos através da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), órgão público criado para esse fim específico. Assista coletiva de imprensa aqui.

A possibilidade começou a ser ventilada no início desse mês após reunião do prefeito Samir Ahmad (PSL) e da secretária Deise Cardoso, do Governo e Desenvolvimento, com o ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional (MDR), e do secretário especial da Pesca e Aquicultura, Jorge Seif Junior. “Vamos ter projetos para Laguna, inclusive da possível privatização do porto, onde temos certeza que os investimentos chegarão à Laguna para podermos transformar o porto na mola propulsora da economia da nossa cidade e de toda a região”, pontuou Ahmad.

Foto: André Luiz/Agora Laguna

‘Obra que não terminou’

Já sobre o Canal da Barra, Daniela afirmou que determinou à Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIE) para que seja dado prioridade à elaboração dos projetos também para que o assunto seja tratado com o governo federal. “A barra é uma obra que não terminou, pode se classificar assim, e vamos pedir para que conclua-se, e vai ser feito um projeto. O pedido do prefeito é justamente um ofício do governo do Estado, encaminhando os projetos para fazer parte do Plano Nacional de Logística e para as manutenções que a gente precisa aqui, como a derrocagem, para que o porto seja viável e seguro, pois o que atrai o mercado pesqueiro é a segurança”, falou, em coletiva. A chefe interina do Executivo também visitou o molhes em Laguna.

Para o secretário da Infraestrutura, Leodegar Tiscoski, ainda é cedo para estimar valores de investimento para a derrocagem. “Não dá para falar sobre isso. O projeto de R$ 30 milhões [do passado], não sei se ele é suficiente se formos atualizar. Não podemos cometer o mesmo erro lá de trás, temos que ter um projeto atualizado e a execução financeira. Temos de cobrar do goveno federal a responsabilidade”, declarou.

Essa foi a primeira vez que Daniela esteve em Laguna após assumir interinamente o comando do governo catarinense. Anteriormente, ela veio em março à cidade para participar da live que marcou a religação das luzes da Ponte Anita Garibaldi, em Cabeçuda. A agenda da governadora interina inclui ainda uma visita técnica à Barra do Camacho, em Jaguaruna, onde vai verificar de perto a situação preocupante que se encontra o local.

Foto: Elvis Palma/Agora Laguna