Com tarifa básica fixada em R$ 2,10, por eixo, a cobrança de pedágio nas quatro praças construídas pela CCR ViaCosteira, ao longo de 220 quilômetros da BR-101, começa oficialmente à meia-noite do domingo, 2 de maio. O funcionamento das estruturas foi autorizado na última semana e, desde então, a concessionária faz a chamada “operação branca”, parando os motoristas e fazendo um trabalho de orientação sobre como funcionará o sistema de pedágio na rodovia. A pista federal está sob concessão privada desde agosto de 2020.
Além de Laguna (quilômetro 298), há praças de cobrança em Tubarão (344), Araranguá (404) e São João do Sul (457). Segundo a CCR, na cobrança automática são aceitas as tags das operadores Veloe, SemParar, MoveMais, C6Bank e ConectCar. O usuário deve buscar junto à empresa fornecedora de sua preferência, detalhes para saber como contar com o serviço.
Nesta sexta-feira, 30, a concessionária informou que já injetou mais de R$ 200 milhões em obras e serviços na rodovia para melhorar as condições de tráfego e segurança no trajeto de 220 quilômetros, entre Paulo Lopes e Passo de Torres. O investimento na conservação da pista, incluindo a restauração da estrutura elétrica da Ponte Anita Garibaldi, foi necessário para que a cobrança de pedágio fosse autorizada.
MPF apura possíveis irregularidades
O Ministério Público Federal (MPF) abriu inquéritos nas promotorias de Tubarão e Criciúma para avaliar três denúncias sobre a praça de Laguna. Os fatos que motivaram a abertura dos processos são: suspeita de danos ambientais, danos estruturais aos moradores e o estudo da viabilidade de isenção no pagamento da tarifa. A situação envolve a realidade da comunidade de Nova Fazenda. O bairro foi dividido pela praça de pedágio e teve seu cotidiano alterado, como Agora Laguna mostrou.
Na procuradoria de Tubarão, são apurados supostos danos a um sambaqui. “A denúncia aponta genericamente que a construção da praça impactou o sambaqui. Houve várias diligências, mas ainda não esclareceram adequadamente se houve ou não interferência. Pelas respostas, parece que não”, relatou o procurador Mário Roberto dos Santos, do MPF.
Em Criciúma, se apura se a a água que acumula na pista não escoa para a Lagoa do Imaruí. O temor é que o líquido, contaminado com substâncias tóxicas como monóxido de carbono, por exemplo, acabe prejudicando a lagoa. Também se questiona a possibilidade de isenção da tarifa para aquelas pessoas. Ainda não há prazo para concluir as investigações.
Confira os valores
- Automóvel, caminhonete e furgão – R$ 2,10 (valor-base)
- Caminhão leve, ônibus, caminhão-trator e furgão – R$ 4,20
- Automóvel e caminhonete com semirreboque – R$ 3,15
- Caminhão, caminhão-trator, caminhão-trator com semirreboque e ônibus – R$ 6,30
- Automóvel e caminhonete com reboque – R$ 4,20
- Caminhão com reboque, caminhão-trator com semirreboque (4 eixos) – R$ 8,40
- Caminhão com reboque, caminhão-trator com semirreboque (5 eixos) – R$ 10,50
- Caminhão com reboque, caminhão-trator com semirreboque (6 eixos) – R$ 12,60
- Motocicletas, motonetas e bicicletas motorizada – R$ 1,05
- Veículos oficiais e corpo diplomático – isentos