O Instituto Cultural Anita Garibaldi (CulturAnita) completou, nesta segunda-feira, 22, o seu 23º aniversário. A entidade foi fundada em Laguna, em 1998, como uma fundação visando preservar e divulgar os feitos da heroína dos dois mundos, Anita Garibaldi.
Nas mais de duas décadas de atuação, o CulturAnita se firmou como uma das principais entidades ligadas à divulgação histórica e participação cultural do Sul do Brasil. Nesse contexto, o instituto já editou livros, produziu encenações teatrais, e também realiza várias atividades de cunho acadêmico, participando de congressos, seminários e debates temáticos, dentro e fora da terra natal de Anita Garibaldi.
“Chegar aos 23 anos é alcançar uma marca muito importante. O instituto desempenha sua missão com maestria e brilhantismo, além de cumprir fielmente sua meta de enaltecer a figura da heroína Anita Garibaldi, uma personagem da História mundial, que temos a honra de ter como inspiração”, avalia o presidente Leo Felipe Nunes.
Entre os feitos mais importantes na existência da entidade cultural estão a conquista, em 1999, da certidão de registro de nascimento tardio de Anita Garibaldi, reconhecendo-a judicialmente como uma cidadã lagunense, e a produção do multiteatro A Tomada de Laguna, que, em cinco edições, foi responsável por alavancar o turismo de baixa temporada na cidade de Laguna, entre 1999 e 2004.
O CulturAnita também evoluiu e agregou novas voluntárias ao seu grupo de atuação. Em 2016, o instituto passou a contar com o departamento de Guardiãs de Anita. São mulheres que têm em suas mãos a reponsabilidade de representar, valorizar e destacar a importância da heroína.
No ano em que celebra seus 23 anos, o instituto assume uma missão que pode ser considerada uma das mais importantes em sua trajetória. Há três anos, a entidade celebrou um convênio internacional com o Ente Morale Biblioteca e Museo Renzi, da Itália, para desenvolver na América do Sul, as programações que vão destacar o bicentenário de Anita Garibaldi, comemorados também em 2021.
“O bicentenário une quatro países – Brasil, Itália, Uruguai e a República de San Marino – e nós enxergamos essa data como uma alavanca para dar ainda mais visibilidade à trajetória de Anita, uma mulher ímpar. Enfrentou todos os desafios de uma época em que as mulheres não tinham voz, pegou em armas e lutou bravamente pelos seus ideais até o último dia de sua vida”, pontua o diretor e fundador do instituto, Adílcio Cadorin. O instituto é reconhecido como Ponto de Cultura.
Aldir Blanc
Contemplado com recursos financeiros da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, CulturAnita investiu parte do valor recebido para revitalizar sua sede. Com o recurso, o instituto comprou mobiliário novo, um ar condicionado e equipamentos eletrônicos como impressora também foram adquiridos. Ao todo, foram R$ 5 mil repassados pela prefeitura de Laguna, na forma do edital de emergência cultural para esse fim.
Em outro edital, o CulturAnita foi contemplado com R$ 10,5 mil, divididos em três parcelas mensais de R$ 3,5 mil. O valor foi aplicado no pagamento de funcionários e despesas com o aluguel da sede.
O instituto também recebeu R$ 4 mil para a contratação do serviço de diagramação e tradução do livro trilíngue Dois Mundos e Uma Rosa para Anita, com previsão de lançamento para breve. A impressão do livro teve a colaboração da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).