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Paulinha sobre suspensão do PDT: ‘A política mudou e os partidos não entenderam isso’

Foto: Ricardo Wolffenbüttel/Secom Governo SC
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Suspensa pela direção nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT), a deputada estadual Ana Paula da Silva, a Paulinha, afirma que recebe a medida com “tristeza” e “convicção de que segue no caminho certo”. A parlamentar foi alvo de processo interno, aberto após ter aceito o cargo de líder do Governo Carlos Moisés (PSL) na Assembleia Legislativa e por ter mantido posição de defesa do governador nos processos de impeachment. A decisão é assinada por Carlos Lupi, ex-ministro do Trabalho e presidente nacional da legenda.

“A política mudou e o partidos políticos não entenderam isso. O motivo da suspensão se deu pois defendi Moisés e ta aí, toda a Justiça dizendo que ele é inocente. Qual o problema de ter defendido um inocente? Não vim para a política para promover a injustiça. Penso que a gente vai trazer luz e razão para essa questão. Acredito que essa história da suspensão é uma desculpa, um pretexto, pois a gente toma uma postura e tem iniciativa, o que não agrada meia dúzia que fica com ciúme e não consegue sair da política ruim”, afirma a deputada, em entrevista ao Agora Laguna.

Paulinha acompanhou Moisés em vários momentos nos últimos meses. Com o governador, esteve em Laguna para a entrega das obras de melhorias do sistema de esgotamento sanitário da cidade, durante a votação que o afastou no primeiro processo de impeachment, em novembro do ano passado.

A declaração da pedetista foi dada após uma reunião com o secretário nacional de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Junior, autoridades municipais e setor portuário. O encontro foi na manhã desta quarta-feira, 3, em Laguna.

Para a deputada, a situação não é nada confortável. A suspensão partidária dura 90 dias e é uma prerrogativa da agremiação política. No caso de Paulinha, ela fica impedida de representar o PDT e também de assumir funções na Assembleia Legislativa, como a liderança parlamentar.

“Não é a minha vontade [deixar o PDT] mas pode acontecer, se o partido abrir um processo de expulsão, vou fazer o quê? Eu tenho 31 anos de filiação partidária no PDT e não posso continuar como uma mulher que apanha do marido e não vai na delegacia denunciar por achar que ele vai melhorar. Estou cansada de apanhar de graça e não fazer nada. Chega uma hora que a situação vai se exaurindo. Ou o partido aprende a me dar espaço ou me bota para fora, mas a escolha não é minha; vamos ver o que vão dizer nos próximos dias”, dispara.

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