Vídeo: Molusco pouco comum no Sul, dragões-azuis voltam a aparecer no Gi

Quem passou pela praia do Gi na manhã desta terça-feira, 3, pôde observar que na água havia uma espécie de molusco pouco comum: o dragão-azul. Por ser diferente e ter uma aparência bonita, eles acabam chamando atenção, porém é preciso tomar cuidado, já que ele pode provocar queimaduras como as de água-viva.

O molusco é um animal invertebrado, que tem corpo mole e que não possui a concha como no caso das ostras e os caracóis. A professora Micheli Cristina Thomas, do Departamento de Engenharia de Pesca e Ciências Biológicas, da Udesc de Laguna, explica que esse pequeno visitante tem facilidade de viajar pelas correntes oceânicas. Isso se deve ao fato deles flutuarem na coluna d’água e por terem corpo levemente achatado.

“A espécie que apareceu na praia de Laguna é do gênero Glaucus e tem uma distribuição cosmopolita por todos os oceanos, inclusive o Atlântico Sul, e é mais conhecido na região da Austrália. No Brasil, esse gênero é mais comum no Nordeste, mas eventualmente pode ocorrer na região Sul”, detalha.

A especialista reforça que o banhista tem que ter atenção ao ver o mar de dragões se aproximando. O molusco tem sua alimentação formada por cnidários, que é o grupo das águas-vivas e caravelas, e isso faz com que eles absorvam e acumulem a toxina que causa queimaduras na pele. Esse acúmulo pode provocar queimaduras mais graves ao contato.

“De modo geral, a queimadura não é muito grave e deve ser lavada com água do mar ou vinagre. Importante, não lavar com água doce pois pode piorar a sensação de queimadura; muito menos urina, e em casos mais graves buscar auxílio médico”, orienta Micheli.

Os dragões que apareceram no litoral brasileiro esse ano têm de dois a quatro centímetros de comprimento. Outra dica é que, ao ver um molusco da espécie, não é necessário entrar em pânico, mas o recomendado é sair da água para evitar acidentes. O avistamento desses animais é comum nas épocas de veraneio.

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