Michaela Fregonese é paranaense de Curitiba e surfa desde que tinha apenas 12 anos de idade. Depois de já ter participado de vários campeonatos, inclusive representando a Itália, quando morou na Europa, decidiu que iria enfrentar apenas ondas grandes. E foi com uma dessas, surfada no Farol de Santa Marta, que ela venceu novamente o Extreme BoardRiders, que é o prêmio brasileiro de ondas grandes.
A relação dela com Laguna é um pouco antiga. Ela morou algum tempo em Florianópolis, capital catarinense, e passava férias na região da ilha lagunense, porém naquela época ainda não tinha o costume de pegar ondas grandes. Ano passado, quando venceu o primeiro campeonato de ondas grandes, ela voltou à região para surfar no Cardoso, mas não estava enorme. “Estava grande, mas não gigante. Porém, deu pra sentir a pressão da onda”, lembra.
Michaela estava na região em junho, durante o ciclone-bomba, para surfar na famosa Laje da Jagua (como os surfistas chamam a Pedra do Campo Bom, em Jaguaruna). “Estava marcando um swell realmente grande, o meu objetivo era surfar na laje, mas devido ao vento não deu pra ir e fomos pra essa onda [no Farol]”. Ela também afirmou que as ondas de Laguna são muito boas.
O fotógrafo Damon Michellepis que acompanhava a paranaense registrou os momentos, eternizando a onda, garantindo que ela pudesse concorrer ao prêmio. “Vencer esse prêmio é muito importante pra minha carreira já que foi o único campeonato no Brasil que inseriu a categoria feminina”, avalia ela.
A premiação ocorreu na última semana. Michaela venceu o “Onda do Ano” feminino e Pedro Calado, por uma onde em Itacoatiara (RJ), ganhou na categoria masculino. Eles ganharam uma passagem para Nazaré, cidade portuguesa, que fica ao norte da capital Lisboa, e é um dos paraísos do surfe mundial por ter um litoral onde são registradas várias ondas grandes, atraindo os esportistas mais radicais e corajosos.