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Escola Comendador Rocha completa 111 anos de atividades

Divulgação/EEBCR
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Foi em um dia 11, do 11º mês do ano, que há 111 anos era fundada a Escola de Educação Básica Comendador Rocha. Em mais de um século de existência, o colégio atuou na formação de muitos jovens ao longo do tempo e auxiliou na propagação do ensino com muito zelo.

Ao longo desses anos, o educandário vem cumprindo com dedicação sua missão, sempre focando na cidadania, resgate dos valores éticos e desenvolvimento pleno dos estudantes. Hoje, possui apenas o ensino fundamental, contando atualmente com 990 estudantes divididos em dois turnos. Uma dessas alunas é Angelina da Silva, que considera a escola como sua segunda casa.

“Não é apenas um centro educacional, mas sim uma segunda casa, onde contamos com o apoio dos gestores e os demais profissionais. Ser aluna do Comendador é simplesmente ter a certeza que estamos nas mãos de ótimos profissionais”, diz a jovem, que está no último ano do fundamental.

Como a escola não possui o ensino médio, Angelina irá para outra escola ao se formar. Foi o que aconteceu com Aline Freitas Duarte, quando também estudava no colégio. Porém, o destino não deixou que colégio e aluna ficassem muito distantes. “Quanta choradeira, abraços e gratidão na formatura, que marcava também a minha despedida. Despedida essa que foi provisória, pois anos mais tarde, eu voltaria como professora dessa escola tão querida”, recorda a ex-estudante, hoje, educadora.

“Reencontrei antigos mestres que foram e alguns ainda são, meus colegas de trabalho! Nesse novo espaço estou aprendendo e me construindo como profissional a cada dia, fiz mais amizades que tenho certeza que levarei para o resto da vida, ainda estou superando medos e me inspiro em pessoas que não só me incentivam e apoiam, mas acreditam em mim”, afirma Aline.

Gestor eleito no ano passado, Joel dos Reis segue a mesma linha ao falar da escola. “Fazer parte desta equipe com certeza, é algo imensurável, uma vez que trabalhamos com profissionais exemplares dedicados e muito comprometidos e que estão fazendo toda diferença, principalmente neste momento de pandemia”, diz.

Homenagem a comendador é por motivo ilustre

Moradores mais antigos da região da antiga Roseta (transformada em bairro Progresso, em 1967) contavam que em 1909, surgiu a primeira escola da comunidade funcionando em uma pequena sala, onde a professora Ondina Pinho lecionava para os alunos iniciais. Algum tempo depois, o colégio foi levado para o bairro Campo de Fora, atuando como uma escola isolada.

Com recursos doados pelo comendador lagunense José Ignácio da Rocha, um novo prédio foi construído em 1926, também no Campo de Fora, para sediar a escola, cuja autorização de funcionamento viria a ser fornecida apenas em decreto em 1954.

O nome do colégio passou a homenagear o doador dos fundos necessários para a construção da edificação. Com o crescimento educacional, a escola voltaria às origens, indo para o bairro Progresso anos depois. Em 2004, foi inaugurada a nova sede.

Prédio construído em 1926. Acervo/EEBCR

Pandemia trouxe novos desafios

Apesar de alguns ensaios, a tendência é que os alunos não retornem às salas de aula neste ano. Desde março, as aulas na rede estadual de ensino estão suspensas devido à pandemia do novo coronavírus. A criatividade dos professores e do próprio colégio, todavia, não foi suspensa e conquistou nota ‘dez’ na disciplina de driblar as dificuldades e garantir o acesso ao ensino.

“O vazio e o silêncio da escola é semelhante ao coração do professor que da noite para o dia, foi obrigado a afastar-se fisicamente de seus alunos”, analisa Aline. “Senti uma aflição inimaginável, pensando como seria ensinar sem estar presente fisicamente. A medida que os dias foram passando fui pegando o ritmo com apoio de colegas que disponibilizaram e compartilharam de seus conhecimentos e experiências. Mas o mais incrível de tudo isso foi o acolhimento das crianças e dos pais”, complementa a educadora Carla Danielle Aquilino Caldas.

Os professores têm se dedicado a continuar a transmissão das lições pela internet. “A pandemia criou um paradoxo, nunca estivemos tão perto uns dos outros apesar da distância. São outros tempos, outras técnicas de ensino, outras adversidades, mas continuamos enquanto instituição educacional nos superando, inovando e dando suporte para que toda comunidade escolar tenha acesso à informação e a uma educação de qualidade e igualitária”, garante a professora Samanta Effting.

Não só os professores, mas a equipe diretiva também precisou se adaptar. “Todo o corpo docente, equipe pedagógica e administrativa enfrentaram este grande desafio utilizando ferramentas virtuais, disponibilizando material de ensino para que nossos alunos não fossem prejudicados no.processo de aprendizagem”, conta a assistente de Educação, Adriana Gomes.

Ao analisar a pandemia, Joel Reis conclui que a atual situação não é motivo para desânimo. “É justamente este desafio que nos move: a busca de novas perspectivas de continuidade de garantir a qualidade da educação de nossos alunos”, pontua.

Acervo/EEBCR

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