Quase concluída, a obra do novo Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), no bairro Progresso, tem um novo responsável: a prefeitura de Laguna. O município confirmou interesse em assumir a responsabilidade para terminar a construção do prédio, que vem sendo alvo de inúmeros casos de invasão e furto.
O acordo de cooperação técnica para a cessão da obra foi assinado pelo Executivo municipal e o governo estadual, na segunda-feira, 26, foi publicado no dia seguinte, no Diário Oficial. A construção já custou quase R$ 414 mil aos cofres públicos e foi financiada pelo Estado, que era responsável pela obra.
De acordo com o secretário de Assistência Social e Habitação de Laguna, André da Rosa, a proposta de a prefeitura assumir a responsabilidade foi apresentada ao governo pelo interesse do município em usar o espaço.
A cooperação com o governo ocorreu da seguinte forma: o Estado repassou à prefeitura um veículo para uso pela Assistência Social, e o município, em contrapartida, se comprometeu a concluir a construção do prédio.
“Atualmente, pelo laudo assinado pelos engenheiros do Estado, está orçado em 87 mil reais [a conclusão] e já contamos com esse recurso em conta para abrir a licitação, na qual já solicitamos a abertura do processo administrativo, estando sobre a análise dos nossos técnicos do planejamento para finalizar e encaminhar o processo para o setor de licitação”, detalha o gestor. A prefeitura já começou a fazer roçagem no entorno do prédio e a colocar grades nas janelas do local.
A área de construção ocupa 631 metros quadrados e desde o início foi alvo da criminalidade. A obra era para ter iniciado em abril de 2018, mas começou em maio, já que o canteiro teve a fiação elétrica furtada. O sumiço dos cabos de eletricidade não foram os únicos a serem registrados na edificação em obras.
Até junho deste ano, a coletânea de objetos furtados era considerável: portas de madeira, tanque de lavar roupa, fios de energia, barra de cobre do ar-condicionado e os próprios equipamentos de refrigeração, fechadura de porta, vasos sanitários. No ano passado, os funcionários da construtora não ficaram imunes e tiveram ferramentas levadas em um caso de furto.
O prédio tem 92% de obra concluída e era para ter sido entregue no final de maio, prazo que foi estendido para junho e depois, não houve mais data. A construtora abandonou a obra e o governo rescindiu o contrato no último dia 2 de outubro.