O inquérito da Operação Seival II foi concluído no final de semana pela Polícia Civil e resultou em 22 pessoas indiciadas por crimes como associação e organização criminosa, corrupção passiva e ativa, além de fraudes em licitações. Todo o processo agora está com o Ministério Público que deve formalizar uma denúncia em cima dele para análise do Poder Judiciário. A informação foi confirmada pelo Portal Agora Laguna com fontes que tiveram acesso ao documento.
Os nomes elencados no inquérito não são revelados pela Polícia Civil, uma vez que o caso corre em sigilo judicial – com isso, qualquer informação referente a possíveis citados antes de uma eventual divulgação oficial são considerados como especulação. Até o momento, é de conhecimento que há três pessoas detidas ligadas à administração pública de Laguna: os vereadores Valdomiro Barbosa, Cleosmar Fernandes e Thiago Duarte (todos do MDB).
A segunda fase da Seival foi deflagrada no dia 24 de setembro para apurar delitos como fraude a licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato, envolvendo empresários, servidores públicos e agentes políticos dos Poderes Executivo e Legislativo municipais.
As investigações analisam a participação de novos integrantes do grupo que possuem estreita ligação com as pessoas inicialmente investigadas pela polícia e denunciadas pelo MP em 2017. A operação tenta identificar a notícia da existência de uma espécie de loteamento das secretarias municipais por meio de indicações políticas e recebimento de propina correspondente a parte dos valores das obras e serviços licitados nessas pastas.
Os policiais analisaram os vários contratos firmados pela prefeitura de Laguna com empresários que há anos prestam serviço na cidade, com indicativos de superfaturamento e inexecução das obras e serviços licitados, bem como fraudes em uma licitação no Instituto de Previdência (Iprev) do estado em 2016.