O Figueirense volta a campo neste sábado, 8, para enfrentar o Operário, de Ponta Grossa (PR), pela primeira rodada da Série B, do Campeonato Brasileiro. O time da capital concluiu nesta semana seus treinos e para o lagunense Paulo Ricardo, volante do alvinegro, as expectativas são positivas.
O atleta voltou ao clube, onde jogou durante a adolescência, em janeiro deste ano e foi oficializado em fevereiro. Depois de jogar o Catarinense e a Copa do Brasil, a meta é levar o Furacão de volta para a divisão principal do futebol nacional.
“É uma competição muito forte e o Figueira vai lutar para subir. É nosso dever, temos que fazer de tudo para colocar o time lá em cima de novo e acredito que podemos fazer história [citando o ano de 2011] de novo”, afirmou em entrevista ao Portal Agora Laguna (assista acima).
Embora confiante com a estreia na competição, Paulo Ricardo não joga neste sábado. No treino da última quinta-feira, 6, o atleta sentiu dores no músculo adutor, mas nada grave. A previsão é que já na próxima semana participe dos treinos com os demais jogadores para em breve disputar a segunda divisão.
“Não é nada demais. É uma dor que, infelizmente, não dá condições de jogar hoje. Estava muito empolgado para iniciar essa campanha, mas não vou poder estar junto. Mas meus companheiros de time estão muito bem treinados. Vai ser uma grande estreia”, acrescenta Paulo.
Treinamentos durante pandemia
O futebol começa a retornar aos poucos. Em março, o Catarinense foi paralisado e retornou com medidas de segurança sanitária. Agora, é a vez do Brasileirão, que segue os mesmos protocolos. As competições não foram as únicas afetadas, atividades coletivas dos times como treinos também tiveram de ser suspensos.
“Foi um pouco difícil, sou acostumado com a rotina, de treinar e viajar, mas todos temos de se adaptar”, diz Paulo. Para o jogador, as mudanças impostas foram um pouco complicadas no início mas ele torce: “Espero que a pandemia logo acabe, não só para o futebol, mas para todas as pessoas”.
Nos primeiros momentos de paralisação, ele voltou para Laguna e mesmo assim manteve a forma física em dia. “Treinei muitas vezes. Ficava mais em casa, mas de vez em quando dava uma corrida no Laguna Internacional ou no Mar Grosso. Pude manter a parte física muito boa”, comenta. Depois, o time começou a fazer treinos por videoconferência e o atleta voltou para São José. O Figueirense foi um dos primeiros times do estado a voltar à rotina de treinamentos pós-pandemia.
Recepção da torcida
Seis meses depois de apresentado no time, o atleta afirma que já está completamente adaptado à rotina alvinegra. Para ele, a inserção no grupo foi mais fácil devido à passagem anterior pelo clube. Porém, diferente de oito anos atrás, Paulo Ricardo retornou ao Furacão como profissional.
“Foi mais fácil a adaptação pois tenho uma história anterior de base. Fiquei três anos aqui na base e esse retorno foi muito legal. Sempre falo que o Figueirense me abriu as portas. As pessoas que estão aqui ajudam bastante. É um clube que está no meu coração”, define.
Na apresentação, em fevereiro, o lagunense pediu o apoio da torcida e hoje reconhece, que encontrou no Figueirense um grupo de torcedores apaixonados pelo alvinegro.
‘Cidade querida’
A entrevista com Paulo Ricardo foi produzida através de videoconferência e ao encerrar a conversa com a reportagem do Portal Agora Laguna, o atleta fez questão de relembrar os tempos de menino na cidade. Ele mencionou o bairro Bentos, onde foi criado; Caputera, onde estudou; e a escolinha de futebol Genoma Colorado, que permitiu que ele trilhasse o caminho nos gramados nacionais e internacionais.
“São locais que eu carrego comigo, são inesquecíveis e estão no coração. Sempre que entro em campo, lembro do meu início. É uma cidade querida e sempre que tenho férias estou aí”, citou.
Paulo Ricardo foi formado na escolinha do Genoma Colorado em Laguna e se transferiu para as categorias de base do Figueirense e do Santos (SP). No Alvinegro praiano se tornou profissional em 2014 e deixou o clube dois anos depois para atuar no Sion, time suíço. Retornou ao Brasil em agosto de 2018, emprestado, para jogar no Fluminense (RJ) e no ano passado fez parte da equipe do Goiás.