Eleições 2020: PSC se define como ‘pequeno entre gigantes’

Editoria de arte

O PSC foi criado em Laguna em 2007 e disputou sua primeira eleição no ano seguinte, concorrendo apenas para o Legislativo. À caminho da quarta disputa eleitoral, a legenda social-cristã tenta novamente chegar à prefeitura e eleger vereadores – o que não conseguiu anteriormente.

“Somos pequenos entre gigantes. Acreditamos na força da união e no entendimento da população à nossa proposta”, analisa o presidente da legenda, Gilberto Sousa. Comandando a reconstrução do PSC em Laguna, ele se apresentou como pré-candidato do partido e garante ter apoio dos demais filiados para ter a indicação aprovada na convenção.

Ainda segundo Sousa, além de mirar a cadeira no Executivo, o partido também já tem definida sua nominata de pré-candidatos ao Legislativo municipal. Os pessecistas têm conversado com outras legendas, mas, diz o presidente, a corrente interna aponta para um “projeto próprio”.

Leia a entrevista completa de Gilberto Sousa:

Agora Laguna – O PSC está há 12 anos na política de Laguna e vai participar de mais uma vez de uma eleição na cidade. De que forma a legenda se apresentará na eleição de novembro?
Gilberto Sousa – A legenda se apresentará como uma alternativa viável e possível para Laguna. Com uma pauta propositiva, levantando as viabilidades de desenvolvimento da nossa cidade em sua gestão em eixos temáticos: saúde, educação, assistência social, segurança e desenvolvimento econômico com geração de emprego e renda.

ALHá espaço para o PSC na política de Laguna? Onde o partido se encaixa no espectro eleitoral da cidade?
GS – Somos um partido de direita liberal, onde buscamos preservar os valores da família, da defesa e proteção da vida, da liberdade econômica. Somos um partido que se dirige a todos e propõe um modelo equilibrado, ético e respeitoso de fazer política. Assim, propomos a discussão de soluções em gestão, num universo onde as campanhas e pré campanhas que temos visto, discutem pessoas. Queremos somar e não dividir.

AL – Faltam poucos meses para a eleição. O partido já tem planejamentos definidos? Tem metas?
GS – Temos um projeto de gestão, até porque, caso contrário, não aceitaríamos o desafio de encarar uma eleição. Estamos discutindo, desde a reestruturação do partido, há pouco mais de um ano, um projeto viável e que apresenta soluções para os problemas. Focamos soluções, outros focam problemas. Vamos apresentar propostas do que pode ser feito. O que não foi feito, toda a população de Laguna já está cansada de saber. Estamos estudando e vamos trabalhar os eixos já citados, além de já estarmos planejando as ações de recuperação e retomada no pós pandemia.

AL – A mudança de data da eleição alterou os planejamentos?
GS – Isto, acreditamos, afetou a todos. O enfrentamento à pandemia mostrou algumas necessidades que já existiam, mas ficaram mais evidentes. Também nos direcionou para um planejamento de pós pandemia, principalmente nas medidas de desenvolvimento sócio-econômico, como a manutenção, a geração de emprego e renda.

AL – O partido tem conversado com outras siglas? Existe aproximação com algum outro partido aqui em Laguna?
GS – Nosso entendimento democrático nos permite ouvir a todos, aprender com todos, desde partidos a pessoas. Buscamos aprender a cada dia. Mas definiremos na convenção o caminho, que até aqui tem sido direcionado para um projeto próprio.

AL – O PSC, hoje, possui nominata de pré-candidatos à Câmara ou ao Executivo?
GS – Temos excelentes nomes para a nominata ao legislativo. Pessoas conhecidas e respeitadas na comunidade, onde se destaca o trabalho social desenvolvido ao longo de muito tempo, não é, como temos visto por aí, ação de interesse, onde apareceram muitos bem feitores de ocasião. Quem conhece sabe o que nossos pré candidatos realizam para a sociedade. Ao executivo também apresentamos nominata.

AL – O PSC tem a intenção de lançar pré-candidato a prefeito nesta eleição? O que leva o partido à desejar lançar candidato ao Executivo?
GS – Sim, termos pré-candidato a prefeito. O que nos motiva neste desafio é enxergar a necessidade de mudança na cidade e acreditarmos que nosso partido oferece o novo para a cidade. Não somos profissionais da política e nos credenciamos ao pleito pela vontade de continuar servindo a nossa população de forma direta, através da gestão municipal.

AL – Como presidente, o senhor acredita que o PSC terá um bom desempenho na eleição de novembro?
GS – Com certeza. Somos pequenos entre gigantes. Acreditamos na força da união e no entendimento da população à nossa proposta. Entramos para ganhar.

AL – Presidente, espaço aberto para as últimas considerações, caso queira acrescentar algo que não tenha sido abordado.
GS – Em primeiro lugar, agradecer a Deus, porque somos um partido que se declara cristão no nome. Sem misturar política e religião, porque são coisas distintas. Mas não podemos nos furtar de dizer que temos um direcionamento e uma orientação a cada passo dado nesta trajetória que iniciou a pouco mais de um ano, quando assumimos a direção do partido. Quero agradecer ao povo de Laguna e às pessoas que se mostram, a cada dia, simpáticas ao nosso partido. Queremos ter a oportunidade de mudar esta cidade. Tirar das costas de cada lagunense ou lagunista a marca do “já teve”. Somos capazes de realizar as mudanças necessárias, basta fazer a escolha na próxima eleição. Que ouçam a todos os futuros candidatos. Questionem o que pode ser feito de forma real e não fantasiosa. Dias difíceis virão. O voto decidirá como se quer enfrentar estes dias.

PSC apresentou candidato a prefeito quatro anos atrás

Doze anos atrás, na estreia do PSC em Laguna, o partido integrou a chapa do PMDB-PSDB para prefeitura, apoiando Mauro Candemil e apostando fichas apenas em candidatos à Câmara dos Vereadores. A legenda não elegeu ninguém, mas obteve 210 votos totais ao Legislativo.

Em 2012, integrou novamente a coligação do PMDB, com Everaldo dos Santos como candidato a prefeito. O partido teve apenas uma candidata a vereadora: Zoraide Pereira, que teve 11 votos e mais três de legenda.

Já na última eleição, sob novo comando, o PSC apostou em chapa pura para prefeitura com Renato Borges (ex-vereador) e Felipe Estevão (hoje deputado estadual pelo PSL) liderando a majoritária. A dupla conquistou 1.594 votos e o partido somou 361 votos totais para a Câmara. Não elegeu nenhum vereador.

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