A Secretaria Municipal de Saúde alerta os pais de adolescentes de 11 e 12 anos para que procurem as unidades da cidade que oferecem a vacina meningocócica ACWY. A rede pública passou a oferecer esse ano o imunizante, única forma de prevenção contra os quatro tipos mais graves de meningite (A,C, W e Y).
Em Laguna, a vacinação ocorre nos postos dos bairros Magalhães, Passagem da Barra, Campo de Fora, Progresso e Portinho, das 8h às 11h e das 13h às 16h. “Ficamos aguardando o retorno das aulas para fazer esse trabalho nas escolas, mas por conta do coronavírus acabou dificultando tudo. A procura está ainda muito pequena e nossa preocupação é de que os adolescentes que completam 13 anos percam a vacinação”, alerta a coordenadora do Programa de Imunização municipal, Rosimari Nunes.
Aplicada em dose única, a vacina ACWY (conjugada) passou a integrar o Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde, sendo oferecida durante todo o ano. A meningite pode provocar sequelas graves, como atraso mental, surdez, cegueira, infecção generalizada e até mesmo a morte.
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A meningite meningogócica é transmitida por um grupo de bactérias chamadas meningococos, e provoca inflamação na meninge, membrana que envolve o cérebro e a medula espinhal. A transmissão se dá por meio das vias respiratórias, ou seja, pelo ar.
Há 12 tipos de meningococos; no Brasil, o mais comum é o tipo C (80% dos casos), seguido do tipo B. Os tipos A, W e Y são menos frequentes. As vacinas são consideradas a melhor forma de prevenção contra a meningite e são específicas para cada sorogrupo.
A doença atinge mais comumente crianças e adultos jovens. No início, os sintomas são parecidos com os da gripe. Mas, com a evolução do quadro, os pacientes podem manifestar rigidez no pescoço, febre, aversão à luz, desorientação, dores de cabeça e vômitos. Outros aspectos são considerados como fadiga, calafrios, dores musculares e articulares, dor no peito ou abdominal, falta de ar, diarreia, manchas vermelhas pelo corpo, hemorragias e deficiência circulatória.
A meningite pode deixar sequelas neurológicas, auditivas, dores crônicas, entre outras. Entre 5% e 10% dos pacientes podem vir a falecer, o que geralmente ocorre entre um e dois dias após o início dos sintomas.
O diagnóstico inicial é feito por meio de exame clínico, seguido de coleta e análise de sangue e do líquor, fluído corporal encontrado entre as meninges e na medula espinhal.
O tratamento deve começar o mais rápido possível e ele inclui diversos antibióticos. Dependendo da gravidade, outros procedimentos poderão ser necessários, como o suporte respiratório, o uso de medicamentos para controlar a pressão arterial, tratamento de feridas e cirurgia quando ocorrem lesões maiores e profundas.
Para saber mais, acesse a página do Ministério da Saúde.