Três dias depois, baleia presa à rede é vista livre de artefato

Imagens obtidas pelo Laboratório de Zoologia (LabZoo) da Udesc de Laguna mostraram que a baleia-franca avistada na última segunda-feira, 20, presa à um pedaço de rede na praia do Rosa, em Imbituba, conseguiu se soltar da arte de pesca. As fotos foram capturadas pelo professor e coordenador do LabZoo, Pedro Castilho, na região da praia da Ribanceira, na mesma cidade.

A análise das fotos foi feita na quinta-feira, 23, e permitiu que os pesquisadores constatassem que o mamífero tinha se soltado da rede. O artefato ficou preso às calosidades presentes na cabeça, características da espécie. “Este casos são sempre preocupantes, mas a avaliação que nós fizemos inicialmente indicou que a rede poderia se soltar sem que fosse necessário intervenção, o que foi possível constatar com as novas imagens, após dois dias da ocorrência”, diz Karina Groch, diretora de pesquisa do Programa ProFranca/Instituto Australis.

A soltura da rede já era esperada, considerando que o atrito dos fios de nylon deste tipo de rede com as calosidades, que são ásperas, pode provocar o rompimento dos fios. A chegada das baleias é monitorada pelo ProFranca, que tem apoio da estatal Petrobras, que acompanha a espécie através de observação a partir de terra e o monitoramento aéreo, que será realizado em setembro. O projeto pretende iniciar uma nova linha de pesquisa, através de monitoramento embarcado, trazendo novas informações científicas sobre a espécie.

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