Durante boa parte do mês de junho, o autônomo Alfredo, 46 anos, e a esteticista Eduarda Cini, 21, não saíram de casa. Pai e filha foram diagnosticados com o novo coronavírus, enfrentaram a doença e hoje comemoram a recuperação. Em entrevista ao Portal Agora Laguna, os dois comentaram a experiência.
Alfredo conta que no feriado de Corpus Christi, em 11 de junho, começou a ter alguns sintomas de gripe. Mas os sinais foram evoluindo. “Fui na farmácia, comecei com medicação anti-gripal, mas dois dias depois só foi piorando. Tive picos de febre, dores no corpo, mal estar e me deu um sinal de alerta”, relata o morador do Magalhães. Ele procurou atendimento no hospital e após atendimento médico, foi encaminhado para o Centro de Triagem, no bairro Esperança.
A filha começou a apresentar os mesmos sintomas no mesmo tempo que o pai. Ambos foram até a unidade básica para buscar atendimento especializado já que a suspeita era de contaminação por coronavírus. “Meus primeiros sinais foram muita febre, dor de cabeça, não podia comer nada que eu passava mal… Olha foi uma experiência bem difícil”, diz Eduarda, que teve perda de olfato e paladar – sintomas característicos da Covid-19.
“A coisa vem pega e te derruba no chão. Foi muito forte”, descreve Alfredo. Eles não precisaram de internação, ficando apenas em isolamento domiciliar por cerca de catorze dias. “É uma coisa que mexe com a sua mente, tem que ser forte psicologicamente, porque você fica isolado, na cama”, completa.
O tratamento preventivo e os cuidados ajudaram a doença a não evoluir para um nível mais grave. Pai e filha contam que sentiram falta de ar, mas que conseguiram driblar o problema sem ter consequências mais significativas. “É uma gripe vem e acaba com você”, opina a moradora do Progresso. “Só passando mesmo para saber que a coisa está feia”, diz o autônomo, que pede para que as pessoas cumpram as medidas de prevenção, como o uso de máscara.
Curados após 23 dias, os dois se consideram vencedores e agora, aguardam apenas a alta do isolamento para poderem retornar à vida normal. “Graças à Deus e à medicina vencemos”, comemora Alfredo.