Cobertura vacinal em crianças até cinco anos está abaixo da meta em Laguna

Ilustrativa

Os números estatísticos mais recentes da campanha nacional de imunização contra gripe em Laguna mostram que menos da metade das crianças entre seis meses e cinco anos está vacinada na cidade. Os pequenos são um dos grupos-alvo da mobilização iniciada em abril e que irá até 30 de junho. A meta de cobertura para todos os grupos é 90%.

A contagem da Secretaria Municipal de Saúde aponta para a existência de pelo menos 3,1 mil crianças nessa faixa etária. Mas apenas 43% (1.325 crianças) foram até os postos de saúde para aplicação da vacina.

A Coordenação Municipal de Imunização, que organiza a campanha de vacinação em Laguna, garante que está atenta aos números e buscando meios de chegar a esse público. “Estamos fazendo ações dentro do município, com busca ativa por essas crianças para ampliar essa cobertura”, detalha a coordenadora de imunização municipal, Rosimari Nunes.

Gestantes e puérperas têm 46% de cobertura cada, mas estariam dentro da meta da própria secretaria. De acordo com Rosimari, são considerados os números do ano anterior, o que pode gerar diferença nos dados de cobertura.

Os doentes crônicos alcançaram 86%. “Tem que levar atestado para comprovar a condição e tomar a vacina, mas muitos pacientes nem tem esse documento”, pondera a coordenadora, explicando os dados. Outro grupo que está a abaixo são os professores com a apenas 56%.

Segundos os dados epidemiológicos, os idosos com idades acima de 50 anos, que faziam parte do público-alvo, foram vacinados dentro do planejado, com 6.918 pessoas deste grupo sendo imunizadas. A cobertura é de 107%.

Os profissionais da saúde e militares também superaram a meta. O primeiro grupo teve 112% de pessoas imunizadas e o segundo alcançou a maior porcentagem entre o público-alvo com 164%.

Até 30 de junho, estes grupos têm prioridade na vacinação. Após o encerramento da campanha, a vacina contra o vírus influenza seguirá disponível nos postos de saúde, para o público em geral. Apesar de não ter eficácia contra o coronavírus, as doses foram distribuídas mais cedo em 2020 para auxiliar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para a Covid-19, já que os sintomas são parecidos. E, ainda, ajuda a reduzir a procura por serviços de saúde.