Quase sete quilômetros de novas redes de distribuição de água estão sendo implantadas para atender as comunidades de Barbacena e Portinho, em Laguna. Em parceria com a prefeitura, que está pavimentando a rodovia de acesso Norte ao município, a empresa irá aumentar a capacidade de abastecimento para 1.500 imóveis, além de preparar o atendimento futuro de outras famílias e de novos empreendimentos nesta região.
A nova rede também vai facilitar a manutenção e evitar danos na rodovia em caso de necessidade de manutenção, pois a tubulação está sendo assentada sob o passeio, segundo a Casan.
As obras que representam um investimento aproximado de R$ 140 mil beneficiarão cinco mil moradores, além de preparar a região para atendimento a novas famílias e empreendimentos.
“É uma região com potencial de crescimento e além de já garantirmos melhor abastecimento para aproximadamente 5 mil moradores a Casan prepara o sistema de abastecimento para o futuro”, explica o chefe da Agência, Diego Rodrigues Medeiros.
Obras
De acordo com a prefeitura, as obras de Acesso Norte via Barbacena, já se aproximaram da entrada da BR-101. Durante essa semana, os trabalhos se concentram na rua Arno João Jerônimo, conhecida como rua da Granja, restando cerca de 1,6 km para finalização de toda pavimentação.
“Na segunda-feira à noite finalizaram o asfalto até à BR-101, completando aproximadamente 3,8 km de pavimentação. Ontem começaram os serviços de pavimentação na rua da Granja, o qual deve ser finalizado no máximo na próxima semana. O projeto de readequação do trevo do acesso Norte está elaborado e na próxima semana já temos reunião agendada com o DNIT, a fim de que possam aprovar e permitir a execução do mesmo”, esclarece a secretária de Planejamento municipal, Morgana Souza Rodrigues.
O projeto do acesso Norte tem um total de 5,3 quilômetros, inicia na avenida João Marronzinho, passa pela rua Arno João Jerônimo, segue pelo bairro Barbacena, até a BR-101. As obras têm prazo de conclusão de cinco meses, mas devem ser entregues antes do prazo previsto.
O financiamento para a obra foi aprovado pela Câmara em maio de 2019 e foi conseguido junto ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). O valor da obra inicialmente orçada em R$ 6.132.030,89, segundo estrato do Diário Oficial dos Municípios, com o aditivo de R$ 300 mil, para a realização de serviços complementares, como a instalação de 10 pontos de drenagem subterrânea.
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Trecho da linha férrea sem asfalto
Uma pendência entre a Ferrovia Tereza Cristina (FTC) e a prefeitura de Laguna ainda não resolvida vai deixar um pequeno trecho do acesso Norte via Barbacena sem asfalto. Isso porque a pavimentação passa sobre linha férrea e existem questões de segurança a serem observadas em uma obra como essa.
Apesar de em outras cidades, como Capivari de Baixo e Tubarão, terem estradas onde o asfalto é aplicado junto à linha férrea, sem necessidade de continuar com o trecho sem pavimentação, isso não poderia ser feito em Laguna, segundo a FTC. A ferrovia considera o trecho como um pátio de manobra.
“Nenhuma das passagens citadas situa-se em um pátio de manobra com mais de uma linha férrea como em Barbacena. Algumas passagens existentes com uma única linha, que estão consolidadas há muito tempo, estão sendo melhoradas e outras que oferecem riscos aos transeuntes estão sendo eliminadas”, explicou a ferrovia, em resposta a questionamentos feitos pela reportagem.
A concessionária disse que “entende que a obra é importante para o desenvolvimento da região, mas se obriga, pelo que está estabelecido no contrato de concessão firmado com a União, de salvaguardar a segurança da operação ao longo de toda malha ferroviária”. A FTC aponta também que mantém contato permanente com a prefeitura sobre a situação.
“Está se estudando junto ao município contratar um projeto de uma passagem superior (viaduto) para resolução da questão, a exemplo do que existe, atualmente, no entroncamento da SC-436, atual acesso principal de Laguna”, adiantou a FTC. O prefeito Mauro Candemil (MDB) refuta a possibilidade. “É um verdadeiro absurdo”, dispara. “Ter que fazer um viaduto que custa em torno de R$ 15 milhões… a prefeitura não tem esse recurso, nem o governo estadual, nem o federal. É um valor muito expressivo”.
De acordo com Candemil, apenas a faixa de segurança no entorno dos trilhos não será asfaltada, para evitar penalidade judicial. “Fica mantido o terreno natural, condição que a FTC nos fez – um absurdo […] [mas] temos que respeitar. Infelizmente, acho que poderia autorizar aquele trecho e fazer as medidas de contenção”.