A vacinação contra o vírus influenza, causador das gripes A (H1N1) e B (H3N2), continua suspensa em Laguna por falta de doses. A quantidade de vacinas enviada pelo Ministério da Saúde para aplicação na cidade foi insuficiente e durou poucos dias.
Segundo a secretária de Saúde, Valéria Olivier, há a expectativa de que haja o reabastecimento das doses ainda nesta sexta-feira, 27. “Talvez liberem algumas no fim dessa tarde. Mas ficaram de confirmar”, resumiu a gestora. A liberação tem ocorrido de modo fracionado aos municípios.
A falta de vacinas é vista também em cidades como Capivari de Baixo e Tubarão, que suspendeu a aplicação das doses ainda no começo da tarde do primeiro dia de campanha.
Em Laguna, a prefeitura montou uma estratégia de aplicar as vacinas ao ar livre. No primeiro dia, a aplicação ocorreu no Centro, Caputera, Passagem da Barra e distrito de Ribeirão Pequeno, com 2.303 doses sendo disponibilizadas à população – só no Centro, 1,5 mil pessoas foram imunizadas – que acabaram rapidamente.
O município chegou a receber na última terça-feira, 24, um novo carregamento com pouco mais de 1,2 mil doses, mas que não foi suficiente para atender à demanda das comunidades onde a vacinação ocorreu naquele dia.
Etapas
- 1ª fase – a partir de 23 de março: vacinação de idosos com 60 anos ou mais e trabalhadores da saúde;
- 2ª fase – a partir de 16 de abril: professores, profissionais das forças de segurança e salvamento, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;
- 3ª fase – a partir de 9 de maio: crianças de seis meses a menores de seis anos de idade, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), indígenas, adolescentes e jovens do sistema socioeducativo, presos, funcionários do sistema prisional e adultos de 55 a 59 anos de idade.
A campanha
A campanha em 2020 foi antecipada como reflexo do avanço do novo coronavírus (Covid-19) no país. Até então, acontecia sempre entre abril e maio. Apesar de adiantada em virtude da doença, a vacina não imuniza contra o vírus e se trata de uma estratégia do governo federal para ajudar no diagnóstico do Covid-19, já que os sintomas das duas doenças são semelhantes.
A ideia, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), é imunizar 2.271.314 pessoas, sendo que a meta é vacinar ao menos 90% de cada grupo-alvo em Santa Catarina.