Previous
Next

Moradores do Farol se unem e criam rede solidária

Previous
Next

A manhã de segunda-feira, 23, para Alihson Medeiros foi diferente. Ele pegou sua caminhonete e percorreu as ruas do Farol. Era mais um dia de quarentena gerada pelo decreto de situação de emergência em Santa Catarina por conta do novo coronavírus (Covid-19).

De janelas fechadas, como medida de prevenção, ele ia trafegando normalmente, buzinando e parando de casa em casa. A cada parada, uma doação era colocada e a retribuição de cada gesto de solidariedade foi a arrecadação de 208 quilos de alimentos para as famílias mais necessitadas da região da ilha. “As pessoas saíram na rua, andaram dois metros de suas portas e doaram o que podiam doar”, comemora Medeiros.

Todos os donativos foram organizados, separados e preparados para serem levados a quem precisa. O grupo optou por não montar cestas básicas por serem produtos variados, e sim fazer a distribuição conforme a necessidade das famílias mapeadas. “Temos cuidado de sermos justos e repartir de maneira correta. Esse é nosso objetivo”, acrescenta.

Equipe atua em mais frentes

A equipe não se resume a uma só pessoa. Tudo isso surgiu a partir do WhatsApp, com a criação de um grupo denominado ‘Farol contra a Covid-19’. A ideia foi mobilizar os moradores a não saírem de suas casas ou da ilha durante a quarentena e para manter a comunidade bem informada sobre o que acontece.

Dali surgiu uma ramificação de voluntários que deu início à rede solidária. E as ações solidárias não se restringem à distribuição de alimentos.

Enquanto alguns voluntários se dispõem a ir nas praias da ilha conscientizar quem ainda insiste em frequentar os balneários, mesmo com a determinação de situação de emergência do estado, outra parte se oferece para comprar mantimentos e remédios para quem não tem como ir – principalmente idosos, grupos de risco do coronavírus.

Medeiros detalha que as tarefas são bem divididas entre os membros: dois cuidam dos medicamentos, quatro colocam ordem no grupo virtual, dois recolhem, cuidam e distribuem alimentos e um faz o recrutamento de voluntários “Eu sou o único que saio na rua para entrega de medicamentos e alimentos, tudo sem contato. E tem mais pessoas no grupo que dão ‘apoio'”, completa.

O saldo vai além dos 280 quilos arrecadados. 13 cestas com comida, conforme a necessidade familiar, foram entregues, medicamentos que não exigem prescrição são comprados diariamente para quem precisa e àqueles que necessitam de receita estão sendo comprados em outras cidades, e gás também já foi entregue às pessoas que ficaram sem.

Previous
Next