Obras do Congresso Lagunense vão iniciar em fevereiro

As portas da sede da Sociedade Recreativa Congresso Lagunense, um dos prédios mais marcantes da também histórica rua Jerônimo Coelho, vão ser reabertas em fevereiro para receber os operários que irão restaurar a edificação, fechada há mais de cinco anos. A edificação é dos anos 1930 e tem traços de arquitetura eclética visíveis, mesmo após intervenções feitas nos anos seguintes.

A executora da obra será a construtora Magapavi, de Laguna, que atualmente responde pela obra de restauro de outro clube importante da cidade, a União Operária. Para recuperar o prédio, o governo federal liberou R$ 1,247 milhão, do Fundo de Direitos Difusos (FDD).

“É um clube centenário e aquilo ali faz parte da história da sociedade lagunense. Muitas festas, bailes de debutantes aconteceram ali. Então é necessário que esse clube volte à atividade, já está há cinco anos parado”, destaca o diretor-tesoureiro do Congresso, Luiz Eduardo Ulysséa Rollin.

Para a Fundação Lagunense de Cultura (FLC), a liberação deste recurso completa um desejo da sociedade local. “A história do clube conta muito da história da cidade, tem relação com o carnaval, tem relação com o uso do espaço público. Para a população é muito importante nesse sentido”, comenta a presidente da fundação, Mirella Honorato.

Conforme o projeto, banheiros serão reformados e as cozinhas e depósito passarão por ampliações. “São restauros no edifício para atender questões de acessibilidade, prevenção de incêndio, hidráulica, elétrica. Toda a estrutura será reparada”, diz a arquiteta Ana Paula Cittadin, chefe do Escritório Técnico do Iphan de Laguna.

O projeto também contempla adequações no espaço do palco e camarins e prevê a construção de uma escada para acessar a torre da cúpula. A previsão é que a obra seja entregue em um ano.

SC é o estado mais contemplado pelo FDD

A sede do Congresso é um dos mais de 600 prédios tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) desde 1985. O órgão é vinculado ao ministério e será o responsável pela execução dos serviços. Na área de patrimônio cultural, o estado catarinense é o que mais tem projetos contemplados pelo FDD.

Em Laguna, além do Congresso, a restauração do complexo ferroviário do Campo de Fora é outra iniciativa abraçada pelo fundo do Ministério da Justiça. Outros seis projetos em Canoinhas, Florianópolis e Joinville estão contemplados.

Criado em 1988, o FDD surgiu para gerir os recursos procedentes de situações como multas de condenações judiciais e danos ao consumidor. Eles financiam projetos de órgãos públicos e entidades civis que visem a reparação dos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico, paisagístico, por infração à ordem econômica e a outros interesses difusos e coletivos. O fundo detém R$ 720 milhões para aplicação nesses projetos até o fim deste ano.

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