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Sede do Congresso Lagunense tem recursos para restauração liberados pelo governo federal

Palco de muitos bailes, festas, e alegria, a sede do histórico clube Congresso Lagunense, na rua Jerônimo Coelho, será o próximo prédio tombado do Centro Histórico a passar por obras de restauração. Fechada há mais de cinco anos, a edificação receberá R$ 1,247 milhão para que possa ser restaurada e ter seu dinamismo devolvido à sociedade lagunense. A informação foi divulgada pelo governo federal nesta quinta-feira, 18, depois de a autorização de repasse ter sido publicada no Diário Oficial.

“É um clube centenário e aquilo ali faz parte da história da sociedade lagunense. Muitas festas, bailes de debutantes aconteceram ali. Então é necessário que esse clube volte à atividade, já está há cinco anos parado”, destaca o diretor-tesoureiro do Congresso, Luiz Eduardo Ulysséa Rollin. O prédio do clube data da década de 1930 – a sociedade é mais antiga, de 1889 – e traz em sua construção, características arquitetônicas do movimento eclético, que mesmo com intervenções realizadas no passar dos anos, ainda mantém estes atributos visíveis.

Para a Fundação Lagunense de Cultura (FLC), a liberação deste recurso completa um desejo da sociedade local. “A história do clube conta muito da história da cidade, tem relação com o carnaval, tem relação com o uso do espaço público. Para a população é muito importante nesse sentido”, comenta a presidente da fundação, Mirella Honorato.

Segundo o governo, a verba destinada vai reparar a estrutura original, ampliando e promovendo adaptações para garantir a acessibilidade do público. Banheiros serão reformados e as cozinhas e depósito passarão por ampliações. O projeto contempla adequações no espaço do palco e camarins e prevê a construção de uma escada para acessar a torre da cúpula.

SC é o estado mais contemplado pelo FDD

“Coloquei como prioridade da minha gestão a recuperação e a preservação do patrimônio histórico. Com o restauro do clube Congresso Lagunense, um prédio de muita importância simbólica para todo o conjunto arquitetônico do Centro Histórico de Laguna, nós damos mais um passo nesse sentido de preservar nossa memória, além de devolver à população um local de atividades sociais”, afirma o ministro da Cidadania, Osmar Terra.

A sede do Congresso é um dos mais de 600 prédios tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) desde 1985. O órgão é vinculado ao ministério e será o responsável pela execução dos serviços. Na área de patrimônio cultural, o estado catarinense é o que mais tem projetos contemplados pelo FDD.

Em Laguna, além do Congresso, a restauração do complexo ferroviário do Campo de Fora é outra iniciativa abraçada pelo fundo do Ministério da Justiça. Outros seis projetos em Canoinhas, Florianópolis e Joinville estão contemplados.

Criado em 1988, o FDD surgiu para gerir os recursos procedentes de situações como multas de condenações judiciais e danos ao consumidor. Eles financiam projetos de órgãos públicos e entidades civis que visem a reparação dos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico, paisagístico, por infração à ordem econômica e a outros interesses difusos e coletivos. O fundo detém R$ 720 milhões para aplicação nesses projetos até o fim deste ano.

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