O primeiro sobrevoo de monitoramento de baleias-francas no litoral catarinense avistou 15 cetáceos. Os avistamentos foram feitos no domingo, 28, entre Laguna e Imbituba, e identificaram seis fêmeas adultas, acompanhada cada uma com um filhote e outros três espécies adultos.
Em Laguna, os pesquisadores encontraram mãe e filhote na Praia do Cardoso, região do Farol de Santa Marta – avistamento que já havia sido relatado dias antes do voo de monitoramento. As demais baleias apareceram em balneários de Imbituba, também no Sul do estado.
A temporada de baleias-francas iniciou em 1º de julho e segue até novembro. Nesse período, a espécie busca as águas quentes do litoral catarinense para fazerem a reprodução e amamentação de filhotes.
A faixa de sobrevoo do projeto – que inclui a SC Par Porto de Imbituba, Instituto Australis e Acquaplan – vai de Florianópolis à Balneário Rincão. Mas neste primeiro monitoramento, a faixa foi estendida até Torres, no Rio Grande do Sul.
Número de baleias abaixo da média
O número de baleias, segundo o Instituto Australis, está até o momento abaixo da média se comparado com o mesmo período do ano passado, quando foram avistadas 36 cetáceos. “[Esse cenário] já era esperado, uma vez que ano passado tivemos uma espécie de ‘boom’ de baleias que possivelmente não reproduziram em anos anteriores, dentro do seu ciclo regular de intervalo entre filhotes, de três anos, aumentando este intervalo”, explica a pesquisadora e diretora do Australis, Karina Groch
Influenciam também na quantidade de baleias em áreas de reprodução, fatores como: quanto mais alimento disponível, maior o número de baleia migrantes para estes locais, e vice-versa. Há a possibilidade de os cetáceos parirem seus filhotes na Argentina, que é uma área de reprodução mais próxima às áreas de alimentação.
O instituto fez a catalogação dos animais avistados. Uma das baleias, em especial, já é conhecida dos pesquisadores, uma vez que seu avistamento é registrado desde 1998.