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Preservação dos botos-pescadores será discutida em audiência pública no fim do mês

Foto: Elvis Palma/Agora Laguna/Arquivo (2013)
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A situação dos botos-pescadores (T. truncatus) será tema de audiência pública no dia 23 de maio, em Laguna. A proposta do encontro, sediado no plenário da Câmara de Vereadores, a partir das 19h, foi aprovada em reunião em março, na comissão de Aquicultura e Pesca, da Assembleia Legislativa (Alesc). Devem estar presentes especialistas, autoridades, pescadores e interessados que vão discutir meios para salvar a espécie.

“Os botos pescadores estão presentes em duas cidades no mundo, uma é Laguna, porém estes animais estão em extinção, ficam emalhados (presos nas malhas) nas redes e não conseguem subir para respirar e morrem. Vamos criar uma força-tarefa em defesa do boto pescador”, justificou à época da aprovação, o deputado estadual Felipe Estevão (PSL), presidente da comissão.

Segundo o engenheiro de pesca Evandro Farias, “dos 19 animais mortos desde janeiro de 2018, foram levantados três problemas: a pesca feita por pescadores de fora da região com redes que prendem os animais nas malhas, a poluição e a diminuição do habitat natural dos botos na região”. Os dados foram expostos durante a reunião, em março.

A audiência deve discutir também ações a serem feitas para diminuir a mortandade dos botos-pescadores, considerados patrimônio imaterial do município de Laguna.

Preocupação deu origem a movimento civil

Atualmente, conforme os dados apresentados no encontro da comissão, a população de T. truncatus está calculada em 54 exemplares, caracterizada por ser extremamente residentes. Os animais, que vivem na maioria na região dos Molhes da Barra, possuem um comportamento único: a pesca cooperativa com os pescadores artesanais da localidade. São cerca de 23 a 27 botos que atuam nessa cooperatividade, encurralando o cardume de peixes e indicando por sinais o momento exato de jogar a rede.

A insatisfação quanto à situação da vivência da espécie em Laguna, motivou a criação do movimento Boto Vivo em janeiro deste ano, que reúne ao menos dez organizações que atuam na região e tem a ideia de conscientizar os quase 4,5 mil pescadores cadastrados na cidade.

O grupo sugere que seja regulamentada a pesca do bagre na região e que se promova um observatório social, por meio de uma parceria público-privado (PPP), conscientização da importância da preservação dos botos e que ocorra uma maior fiscalização por órgãos ambientais. Recentemente, os participantes tiveram reunião com a Secretaria da Pesca e Agricultura de Santa Catarina.

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