Quase duas semanas após o início dos trabalhos de bloqueio vacinal de cães e gatos contra raiva nas cidades de Pescaria Brava, Gravatal, Capivari de Baixo e Tubarão, o balanço da operação foi divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive-SC) nesta quinta-feira, 23. A imunização começou a ser realizada após uma morte ter sido registrada na zona rural de Gravatal e foi aplicada em quase quatro mil animais.
“A ação aconteceu casa a casa. As equipes percorreram também as regiões dos municípios de Capivari de Baixo e Pescaria Brava, que estavam dentro do raio delimitado”, explica o gerente de zoonoses da Dive-SC, João Fuck. A delimitação para a realização do bloqueio levou em consideração a área de 5 km a partir do local onde foi registrado o contágio da doença.
Ao todo, conforme a vigilância epidemiológica, foram aplicadas vacinas em 3.144 cães e 729 gatos, com os vacinadores visitando 1.567 edificações, aponta o relatório. “O ideal seria ter um veterinário de confiança e ele indicar qual o calendário de vacinas mais adequado para o seu animal de estimação. Só garantindo a vacinação dos animais estaremos protegidos da raiva”, ressalta a médica veterinária da Dive-SC, Alexandra Schlickmann Pereira.
Os animais irão receber no próximo mês a segunda dose da vacina e após esta aplicação pelos técnicos é que o bloqueio vacinal será considerado como concluído.
Morte não acontecia desde 1981
O caso de Gravatal, ocorrido por raiva humana no sábado, 04, foi o primeiro confirmado da doença em 38 anos, conforme os dados da Dive-SC. A vítima foi uma mulher de 58 anos, morador do bairro Indaial, que teria sido mordida por um gato.
A vigilância epidemiológica explica que a doença não tem cura esclarecida e que no mundo foram registrados três casos de pessoas que se livraram do vírus, porém sem explicação de como isso aconteceu.
Caso a pessoa seja mordida por um animal infectado deve procurar imediatamente um posto de saúde e ali os profissionais irão analisar a situação e determinar o procedimento a ser feito como aplicação de vacina ou soro antirrábico.
A imunização de cães e gatos é o mais recomendado de proteção contra a doença e mudanças de comportamento, como inquietação, aumento da agressividade, paralisias dos membros e medo da luz, assim que identificadas, devem ser comunicadas à Secretaria Municipal de Saúde.