Professor da Udesc Laguna atua em curso de atendimento a grandes cetáceos enredados

O professor Pedro Castilho, do Centro de Educação Superior da Região Sul (Ceres), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Laguna, participou do 3º Curso de Atendimento a Emalhes de Grandes Cetáceos, realizado na semana passada, em Florianópolis.

O docente, que é vinculado ao Departamento de Engenharia de Pesca e Ciências Biológicas da Udesc Laguna, ministrou um dos módulos teóricos e acompanhou os dois dias de atividades práticas na água.

A ação foi coordenada pela Área de Proteção Ambiental da Baleia Franca, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O objetivo foi capacitar as equipes que compõem o Protocolo de Encalhe e Enredamento de Mamíferos Marinhos da Área de Proteção Ambiental (APA) para eventuais intervenções durante a temporada reprodutiva das baleias-franca, que começa em julho e se estende até novembro.

O enredamento de cetáceos por redes de pesca é uma das principais causas de morte de mamíferos aquáticos, vitimando milhares de animais anualmente no mundo. Por ser atividade de alto risco, o desenredamento dos animais deve seguir uma série de critérios, visando a integridade das pessoas que realizam o trabalho.

Além da Udesc Laguna, as seguintes instituições participaram do curso: Instituto Australis, Associação R3 Animal, Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), Polícia Militar Ambiental e analistas ambientais da APA da Baleia Franca e APA do Anhatomirim.

Como foi a capacitação

Por meio de simulação de uma baleia enredada, a equipe de ação usou um bote inflável para treinar as técnicas de desenredamento. O treinamento foi conduzido pelo analista ambiental Leandro Aranha, que é capacitado conforme as normas internacionais da Comissão Baleeira Internacional (IWC) nos Estados Unidos.

Segundo o professor Pedro Castilho, que compôs a equipe de ação com Aranha, “o treinamento repetitivo é a melhor forma de consolidar a técnica e os procedimentos de segurança, afinal é uma das atividades mais perigosas do mundo”.

A capacitação foi realizada com recursos do Banco Mundial, oriundos do Projeto Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas (GEF Mar), que é gerido pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).

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