A partir do dia 1° de maio os pescadores artesanais do estado poderão colocar as redes no mar e aguardar a chegada das tainhas.
Durante o Fórum da Tainha, realizado nesta terça e quarta-feira em Itajaí, ficou definido a liberação aos pescadores artesanais para embarcações sem motor no dia 1° de maio
Essa modalidade começa normalmente um mês antes da liberação da pesca industrial. A safra tem início com a chegada do frio, quando os peixes vão para a costa em busca de águas mais quentes.
As informações foram confirmadas nesta quarta-feira 10, pelo presidente do Sindipesca Laguna, Gilberto Fernandes, que participou das discussões. “As licenças serão feitas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ao mesmo grupo de pescadores de 2018, que devem providenciar a documentação. Ainda está em discussão a pesca industrial”, comenta Fernandes.
Tradicionalmente a safra de pesca da tainha artesanal tem início dia primeiro de maio e a frota industrial dia primeiro de junho.
Na pesca artesanal, as embarcações anilhadas também terão uma redução determinada pela Justiça Federal que limitou em 62 o número máximo de licença entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em 2018 foram 129 autorizações nessa modalidade, quantidade considerada excessiva, segundo a decisão.
A safra 2018 gerou uma produção total de 7.209 toneladas de tainhas. A quantidade ultrapassou em 29% o estabelecido para a pesca artesanal, que tinha uma cota de 1.205 toneladas, e em 154% na pesca industrial, que representou 80% do volume capturado.
No caso da pesca industrial, quase a totalidade do volume capturado ocorreu em um pequeno espaço de tempo de sete dias. Já a pesca artesanal foi melhor distribuída no tempo, com picos no mês de junho, até o fechamento da safra no dia 27 daquele mês.