DIC indicia mandantes de suposta tentativa de latrocínio

Divulgação/PC

A Polícia Civil de Laguna, por meio da Divisão de Investigação Criminal (DIC), finalizou o inquérito policial relacionado à ‘Operação Delivery’, que apurava o crime de tentativa de latrocínio, ocorrido às margens da BR-101, nas proximidades do restaurante Lagoa, no dia 25 de outubro de 2018, por volta das 22h30.

No fato, em que restou alvejada com disparos de arma de fogo a vítima E. V. S. 48 anos, entregador de lanches de um estabelecimento localizado no bairro Barranceira.

No curso das investigações, um dos executores foi preso pela polícia. O outro, por ser adolescente, foi ouvido e liberado aos seus familiares para a continuidade das diligências.

Segundo o delegado Bruno Fernandes, responsável pela DIC, com a finalização das investigações, percebeu-se que um dos mandantes, em acordo com o outro, inclusive parente da vítima, teriam planejado em “dar um susto” no homem, ao idealizarem um falso crime de roubo. Para isso, corrompendo e aliciando menores, com o claro intuito de que o mesmo fechasse o estabelecimento comercial que trabalhava, e, aí sim, sobrasse mais tempo para o relacionamento dos dois, que estaria prejudicado por conta da elevada sobrecarga de trabalho.

Ouça o que diz o delegado Bruno Fernandes sobre o caso

De acordo com a polícia, o crime, contudo, teria saído fora de controle, de modo que, não bastasse as “pauladas” efetuadas pelos executores, um deles ainda teria sacado uma arma de fogo e efetuado disparos no joelho da vítima, que, caída e sem qualquer chance de reação, teve a motocicleta subtraída.

“Descobriu-se, então, com o decorrer das investigações, que o crime patrimonial teria sido orquestrado por dois homens desse município, possuindo um deles elevado grau de parentesco com a vítima. Ainda, que o intuito era apenas “dar um susto nesta”, com falsa simulação de assalto, já que a própria motocicleta subtraída, apesar de se encontrar na posse da vítima, pertenceria a um dos mandantes”, destaca o delegado.

Com a farsa descoberta, um dos mandantes resolveu colaborar com a justiça, contando detalhes do crime, inclusive relatando a verdadeira motivação, movida por um relacionamento extraconjugal com o seu comparsa.

Assim concluída as investigações, os executores responderão por porte ilegal de arma de fogo, lesão corporal, corrupção de menores e apropriação indébita.

Um dos mandantes foi indiciado por lesão corporal e corrupção de menores. O outro, parente da vítima, por lesão corporal, corrupção de menores, e fraude processual, já que, no curso das investigações, ouvido na qualidade de testemunha, tentou induzir em erro a vítima, por meio de reconhecimento fotográfico realizado de forma equivocada, ao imputar a um inocente a prática do crime em questão, e, com isso, evitar que a Polícia Civil chegasse ao local em que nunca deveria ter chegado: a de que ele seria um dos mandantes do crime.

Colaboração: DIC de Laguna.