Está programada para acontecer no próximo dia 02 de março, sábado de Carnaval, uma manifestação cobrando agilidade no encaminhamento de desconto para os moradores da região da ilha, na travessia da balsa.
Organizada pelo movimento União da Ilha, formado por moradores que representam as comunidades que compõem a região, desde à Ponta da Barra até o Farol de Santa Marta, o ato deve começar às 09h, no atracadouro da balsa e conta ainda com o apoio da União das Associações de Pescadores da Ilha (UAPI), segundo as informações do Jornal Farol da Ilha.
Maria Aparecida dos Santos, a Cida, uma das organizadoras do movimento, afirma que “a reivindicação está focada na concessão de desconto aos moradores locais, sem aumento de valores aos demais moradores de Laguna e aos visitantes”.
Hoje os preços praticados pela balsa, na travessia dos molhes, são considerados abusivos pelos usuários, R$15 para carros, onerando financeiramente os moradores da região da Ilha e representando um entrave ao desenvolvimento turístico para a região.
A manifestação prevista para 2 março é aberta para a participação de todos. No final do ano passado o assunto foi discutido no Fórum de Laguna, a pedido do Ministério Público.
Entenda:
Em 2015 foi realizado um cadastro de moradores das comunidades da região da ilha – Ponta da Barra, Passagem da Barra, Campos Verdes, Galheta, Ipuã, Cardoso, Canto da Lagoa, Cigana, Farol de Santa Marta e Madre de Baixo, em Laguna, – para serem beneficiados com 50% de desconto na travessia da balsa. Foram 312 automóveis cadastrados na lista da União das Associações de Pescadores da Ilha (Uapi), o que acabou não saindo do papel.
Para o advogado da Laguna Navegação, Adilcio Cadorin, a empresa está a aberta a discussão. “A reivindicação é justa e sempre estivemos dispostos a conversar e estaremos acatando a toda decisão judicial. Mas precisamos que o poder público cumpra também com suas obrigações e arque com o ônus”, destaca.
Segundo Cadorin, a responsabilidade de fixação dos valores da travessia é de responsabilidade do município, quando deixou de ser regulamentada pelo Departamento de Transportes e Terminais (DETER), em 2004. “Como a prefeitura deixou de estabelecer os reajustes anuais, foi preciso entrar na justiça para pedir a correção dos valores, que foi fixada com base no Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M)”, salienta.