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Empresários e políticos avaliam condições de praças de pedágios no trecho Sul da BR-101 em SC

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A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) apresentou nesta quarta-feira (7) em Criciúma a políticos e empresários da região Sul do estado um estudo sobre o preço do pedágio a ser cobrado no trecho Sul da BR-101. Eles reclamam do valor estipulado, de até R$ 3,97 para cada praça, o que representa 47% a mais do que os motoristas pagam no Litoral Norte na mesma rodovia.

A Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT) deve entregar essa parte da rodovia para a iniciativa privada no ano que vem através de concessão. Quatro praças de pedágio estão previstas.

O estudo detalha os investimentos que devem ser feitos ao longo de 30 anos e analisa se o que vai ser investido é compatível com o que vai ser cobrado dos motoristas em pedágios.

A previsão é de que sejam necessários R$ 2,907 bilhões para construir marginais, passarelas e até uma terceira pista em alguns trechos da BR-101 Sul.

Prefeitos e empresários acompanharam a apresentação do estudo. “Vamos tirar uma posição única para nós entregarmos uma posição do Sul”, afirmou o diretor da Associação Empresarial de Criciúma (Acic) Edio Castanhel.

O estudo para a concessão diz que a tarifa precisaria ser mais cara porque os investimentos previstos seriam maiores. “Aumento da capacidade da rodovia, a execução de vias laterais, na recuperação de pontes existentes, que são pontes bastante antigas, que têm que ser reforçadas e melhoradas, na execução de terceiras e quartas faixas”, enumerou o consultor técnico da Fiesc Ricardo Saporiti.

A ANTT, responsável pelo edital de concessão, vai receber sugestões e dúvidas até a próxima sexta (9). O gerente da Fiesc Egídio Martorano afirmou que a sugestão será que “se invista na possilidade de estabelecer um free flow, que é um pedágio por quilômetro rodado, que se chama pedágio mais justo. Então, por exemplo, você vai pagar a equivalência por quilômetro rodado. Também pedimos que seja dada celeridade ao processo porque nós entendemos que essa é uma obra emergencial”.

Proposta de concessão

A proposta apresentada pela ANTT ainda não define o valor dos pedágios, mas que o preço máximo a ser cobrado inicialmente para os carros é R$ 3,97 em cada praça.

O edital também apresenta os quatro pontos em que elas devem ser instaladas:

  • no limite entre Laguna e Imbituba
  • entre Tubarão, Treze de Maio e Jaguaruna
  • entre Maracajá e Araranguá
  • entre São João do Sul e Passo de Torres

Isso quer dizer que, para percorrer os mais de 220 quilômetros, os motoristas precisarão desembolsar R$ 15,88, caso cada praça de pedágio custe R$ 3,97.

O trecho que deve ser concedido por 30 anos para a iniciativa privada vai de Paulo Lopes até São João do Sul, na divisa com o estado gaúcho. A previsão da ANTT é que o leilão ocorra no terceiro trimestre do ano que vem.

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