Uma comitiva da Eletrosul, junto do prefeito Mauro Candemil e da nova presidente da Fundação Lagunense do Meio Ambiente (Flama), Deise Xavier, esteve realizando nesta sexta-feira, 23, uma visita ao local onde a companhia instalará futuramente uma usina termossolar. O terreno vistoriado fica em Caputera, às margens da BR-101.
A usina terá capacidade de geração de energia equivalente a 0,25MW. O empreendimento está orçado em R$16,5 milhões e será viabilizado pelo Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O projeto será executado pelas empresas Eudora Energia e Facto Energy.
“São mais de cinco mil municípios no Brasil e Laguna foi escolhida para receber essa usina que utilizará uma tecnologia inovadora. O que está sendo feito hoje é o pontapé inicial.”, disse Candemil.
O empreendimento em Laguna será um dos primeiros do país a utilizar exclusivamente a energia térmica solar para geração de eletricidade e o objetivo é testar a eficiência da tecnologia Concentrated Solar Power (CSP). As obras devem iniciar a partir de 2019, sendo que o cronograma dos trabalhos serão definidos em reunião na sede da empresa em Florianópolis.
A duração total do projeto, incluindo os estudos acadêmicos e científicos, será de três anos. A partir do início da operação, a energia gerada será injetada na rede de distribuição local e poderá ser convertida em créditos para o consumo de espaços públicos sob gestão da administração municipal. Inicialmente, a Eletrosul será responsável pela operação e manutenção da usina. No futuro, poderá ser transferida para uma instituição de ensino e pesquisa.
A comitiva da Eletrosul foi composta pelo diretor de engenharia, Marcos Romeu Benedetti; assessor de engenharia, Luiz Ricardo Zenker; diretor de operações, Rogério Bonini Ruiz; e o gerente de projeto de pesquisa e desenvolvimento, Dirceu Wilson Kulzer.
Tecnologia
A usina termossolar utilizará concentradores cilindro-parabólico, com espelhos curvados, formando estruturas parecidas com calhas. Elas são suspensas por torres e se movimentam a partir de um mecanismo de rotação que faz com que os espelhos acompanhem a trajetória solar.
Os raios solares são refletidos pelos espelhos para um tubo que absorve a radiação solar e a transfere, na forma de calor, para um fluido térmico que circula no interior dessa tubulação. O fluido troca calor com um segundo circuito interno. Essa troca resulta em vapor que impulsiona uma turbina acoplada a um gerador elétrico, produzindo eletricidade.
Estatísticas
Área da usina: 2,8 hectares
Extensão dos espelhos: 600 metros
Capacidade elétrica instalada: 0,25MW
Custo total: R$ 16,5 milhões